quarta-feira, 10 de agosto de 2011

REMÉDIO PARA CURAR DOR DE CABEÇA!!!

"REMÉDIO PARA CURAR DOR DE CABEÇA" (Mt  19, 3-12)
                                                                                                                              (www.pfbomjesus.blogspot.com)
 
 
                                                                  Quando se reúne um grupo de Seminaristas para momentos de recreação, sempre surgem umas brincadeiras, piadinhas ou pegadinhas. É uma maneira de se relaxar e descontrair. Criatividade é o que não falta! Lembro-me de algumas charadas que eram comum na minha época. Uma delas é a seguinte: Quando alguém reclamava que estava com dor de cabeça, logo alguem dizia que um remédio infalível é chá de espada. Depois de tomar esse chá nunca mais a dor voltará. Normanlmente alguém pergunta: Como assim? Como chá de espada? Aí o sabidinho responde: "É só passar a espada no pescoço e nunca mais sentirá dor de cabeça". E todos caem na gargalhada.
                                                                   Essa brincadeira faz-me lembrar de uma reflexão muito interessante: Existem algumas pessoas que são a favor da pena de morte. Acham que matando os criminosos a violência acabaria. Acredito que isso é um grande engano. Seria como alguem que tendo uma casa com goteiras e desejando resolver o problema, botasse fogo na casa. Isso é "cretinisse"; falta de inteligência. Quem é inteligente procura resolver os problemas procurando suas causas. Não adiantaria nada matar bandidos, se não destruir a fábrica desses delinquentes. Antes de querer matar um ser humano violento devíamos descobrir a causa de tanta violência. E, apartir daí,  progressivamente, esse problema acabará. 
                                                                   Acredito que a questão do divórcio, levantada pelos Fariseus, encaixa bem dentro desta lógica. Não adianta nada aprovar a lei do divórcio se não resolver a causa dos casamentos mal feitos e mal preparados. Jesus se colocou contra essa lei. Afirmou que no princípio isso não existia. Deus criou o casamento para a felicidade do casal. Portanto, um casal, unido em matrimônio, conforme a vontade de Deus, deve ser feliz! Se isso não acontecer é porque a união foi mal preparada ou porque o casal permitiu a intervenção do inimigo. Mas Jesus afirma que o que Deus uniu ninguém separe (Mt 19, 3-12).
                                                                   Neste sentido, torna-se muito importante o trabalho da Pastoral Familiar! É maravilhosa a ação dessa Pastoral junto aos jovens, namorados e noivos preparando-os para a nobre missão de criar família. Destaca-se também o acompanhamento dos casais casados solidificando-os contra os ataques do inimigo. Lembro também a colaboração do ECC (Encontro de Casais com Cristo) e alguns Movimentos que procuram fortalecer a união conjugal formando grupos  de reflexão. Destaco, ainda, a força da Catequese e da Pastoral do Adolescente e dos Jovens. Esse trabalho vai formando, lentamente, a mentalidade das novas gerações para a grande importância da família e da fidelidade matrimonial. Porém, toda estrutura da Igreja deve se empenhar nesta Obra da Família. Mais que defender a lei do divórcio, devemos criar estrutura em defesa da família. Para isso devemos ficar juntos na oração e unidos no trabalho...
 
ORAÇÃO:
 
Ó Deus! Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Dai-nos inteligência para resolvermos nossos problemas!
- Não permitas que sejam aprovadas leis contra a família!
- Uni-nos na missão de defender do Vosso Projeto Familiar!
- Conservai no coração e na mente dos jovens o desejo de formar famílias felizes!
- Recolhei nossa gratidão pelas famílias que vivem os Vossos Mandamentos...
  AMÉM!

Padre Natalício.

Bicicleta Amarela!!!


"BICICLETA AMARELA" (Mt 18, 21-19,1)
                                                                                               (www.senhoradasdoresmarilandia.blogspot.com)

                                                              No ano de 1977, morei em Santa Fé por 10 meses. Tempo suficiente para concluir a oitava série. Foi um tempo de crescimento Pastoral. O Padre Dé era o Pároco e dava-me boas orientações. Aprendi muitas coisas da Pastoral com ele. Era muito exigente e não brincava no trabalho. Exigia eficiencia e perfeição. Mas também nos ajudava em nossas dificuldades. Lembro-me que ganhava 500 cruzeiros por mês. No final de 5 meses, consegui comprar uma bicicleta. Foram dois mil e quinhentos cruzeiros bem aplicados. Era uma bicicleta Monark, barra circular e de cor amarela (não era Brasília amarela) mas era minha bicicleta! Quanta estrada de areia percorri com aquela magrela. Quando fui embora de Santa Fé para Ivaiporã, levei a magrela comigo.
                                                               Em Ivaiporã, Padre Dé tinha uma casa grande onde morava um grupo de Seminaristas menores. Era uma seção do Seminário Diocesano. Eu era o mais velho da moçada. Padre Dé ensinava que devíamos colocar em comum todos os nossos  pertences pessoais. Ninguem devia ter coisas particulares. Coitada da minha magrela! Foi usada por toda aquela molecada! Ficou riscada, quebrada, pneu furado e outros acidentes. Todo mundo a usava mas nem todos tinham cuidado. Isso me doía muito!  Também um rádio portátil que trouxe da casa do meu pai (comprei-o em 1971, de segunda mão, por noventa cruzeiros), foi parar na mão dos meninos.
                                                               Um ano e meio depois fui morar em Califórnia ajudar o Padre Tito. Minhas relíquias (rádio e bicicleta) ficaram em Ivaiporã. Foram muito usados e mal cuidados! O rádio eu consegui resgatá-lo abandonado numa oficina. Mas a bicicleta, não a vi mais até hoje! Esses são apenas dois exemplos de injustiças que já sofri nesta vida. Ninguém gosta de ser injustiçado. Portanto não devia ser injusto com os outros. Tudo aquilo que não quero pra mim, não devia fazer para os outros. Jesus Cristo falou disso várias vezes. Quando falou do perdão, contou a história de um empregado, que devia bastante ao seu patrão e não podendo pagar pediu clemência e o patrão perdou-lhe a dívida! Porém o empregado que foi perdoado, não foi capaz de perdoar o seu companheiro que lhe devia uma quantidade insignificante (Mt 18, 21-19,1). Isso foi uma grande injustiça.
                                                                 Jesus ensina que da mesma forma que Deus nos perdoa, nós também devemos perdoar. Se queremos que Deus nos perdoe também nós devemos perdoar os outros. Se queremos que os outros nos perdoem, então devemos perdoar também. Sinto que devemos progredir nesta escola do perdão. Precisamos melhorar de notas nesta escola. A cultura do perdão deve ser mais trabalhada e conhecida. É difícil pedir perdão e também é difícil dar o perdão. Porém estas duas práticas podem mudar o mundo. Sendo assim, é imperativo desempenhar uma grande campanha para essa promoçã. Todos podem fazer alguma coisa, especialmente a família onde se reza e se pratica o perdão. Por isso insistimos para que rezemos juntos e trabalhemos unidos...
 
 
ORAÇÃO:
 
Ó Deus! Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Ensinai-nos a cuidar bem das coisas da comunidade!
- Não permitas que haja injustiça entre nós!
- Fazei-nos humildes para pedir perdão!
- Fazei-nos grandes para saber perdoar!
- Recebei nossos louvores pelo Perdão que nos dais...
  AMÉM!
Padre Natalício.

Evangelho do Dia

Semeando vida - Jo 12, 24-26

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele fica só. Mas, se morre, produz muito fruto. Quem se apega à sua vida perde-a; mas quem não faz conta de sua vida neste mundo há de guardá-la para a vida eterna. Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estiver estará também aquele que me serve. Se alguém me serve, meu Pai o honrará".

COMENTANDO O EVANGELHO: Companheiros de caminhada

Jesus não fazia segredo das exigências que apresentava a quem aceitasse ser seu companheiro de caminhada. A proclamação feita diante do povo e dos discípulos visava coibir qualquer pretensão descabida. Seu discurso centrou-se no tema da cruz.

O primeiro passo para o seguimento consistia em renunciar-se a si mesmo. Tratava-se de deixar de lado os projetos pessoais, para que o Reino fosse prioridade absoluta na vida do discípulo. A opção pelo Reino não podia subordinar-se a nenhuma outra. Para isso, o discípulo deveria apresentar-se livre de qualquer apego.

Uma vez dado o primeiro passo, ele era instado a tomar a própria cruz. "Cruz", neste caso, corresponde à missão reservada por Deus ao discípulo de Jesus, com todas as suas conseqüências, mesmo as mais desafiadoras. A referência à cruz alerta para um dado importante: o seguimento será sempre uma opção difícil. Para perseverar nela, até o fim, é necessária uma adesão incondicional ao Mestre. E a profundidade desta adesão manifesta-se nos momentos da provação.

O passo seguinte diz respeito ao seguimento efetivo de Jesus. Tem a ver com os passos anteriores, pois consiste em viver a cruz, inspirando-se no Mestre. O discípulo deve modelar-se no testemunho de vida de Jesus, especialmente, na sua capacidade de prosseguir resoluto, guiando-se pelo projeto do Pai, mesmo à custa do martírio.

ORAÇÃO

Pai, transforma-me num seguidor fiel de Jesus, que saiba carregar a própria cruz e pôr-se no seguimento dele, mesmo devendo suportar humilhação e até a morte.

EIS-ME AQUI PARA FAZER A TUA VONTADE!!!!!

EIS-ME AQUI PARA FAZER A TUA VONTADE

Este é um versículo do Salmo 40, que o autor da carta aos Hebreus faz com que o Filho de Deus pronuncie num diálogo com o Pai. O autor quer sublinhar deste modo o amor com que o Filho de Deus se fez homem para cumprir a obra da redenção em obediência à vontade do Pai.

Estas palavras fazem parte de um contexto no qual o autor quer demonstrar a infinita superioridade do sacrifício de Jesus em relação aos sacrifícios da antiga Lei. O que diferencia o sacrifício de Jesus destes últimos, onde eram oferecidos a Deus os animais como vítimas ou, em última análise, coisas não relativas à interioridade do homem, é que Jesus, impulsionado por um amor imenso, durante a sua vida terrena ofereceu ao Pai a própria vontade, todo o seu ser.“Eis-me aqui para fazer a tua vontade”.

Esta Palavra nos oferece a chave de leitura da vida de Jesus, ajudando-nos a colher o seu aspecto mais profundo e o fio de ouro que liga todas as etapas de sua existência terrena: a sua infância, a sua vida particular, as tentações, as suas escolhas, a sua atividade pública, até a morte na cruz. Em cada momento, em cada situação Jesus visou uma única coisa: fazer a vontade do Pai; e a cumpriu de modo radical, não movendo um dedo fora dela e repelindo até as propostas mais sugestivas que não estivessem em pleno acordo com aquela vontade.

“Eis-me aqui para fazer a tua vontade”.

Esta Palavra nos faz compreender a grande lição que Jesus com toda a sua vida nos quer dar. Isto é, que a coisa mais importante é fazer não a nossa, mas a vontade do Pai; tornarmo-nos capazes de dizer não a nós mesmos para dizer sim a Deus.

O verdadeiro amor a Deus não consiste em belas palavras, idéias e sentimentos, mas na obediência efetiva aos seus mandamentos. O sacrifício de louvor que ele espera de nós é que lhe ofertemos tudo o que temos de mais íntimo, o que é radicalmente nosso: a nossa vontade.

“Eis-me aqui para fazer a tua vontade”.

Como viveremos então a Palavra de vida deste mês? Também esta é uma das palavras que ressalta explicitamente o aspecto do Evangelho que vai contra a corrente, porque combate uma tendência profundamente enraizada em nós: satisfazer a nossa vontade, seguir os nossos instintos, os nossos sentimentos.

Esta Palavra é também uma das que mais se choca com o homem moderno. Vivemos na época da exaltação do eu, da autonomia da pessoa, da liberdade como fim a si mesma, da auto-satisfação como realização do indivíduo, do prazer considerado como o critério das próprias opções e o segredo da felicidade. Mas conhecemos também a que consequências desastrosas esta cultura nos conduz.

Pois bem, esta cultura fundada na satisfação da própria vontade encontra a oposição daquela de Jesus totalmente orientada ao cumprimento da vontade de Deus, com os efeitos maravilhosos que ele nos garante.

Procuremos então viver a Palavra deste mês, escolhendo também nós a vontade do Pai e fazendo dela, como Jesus fez, a norma e a motivação de toda a nossa vida.

Assim vamos nos aventurar numa divina aventura que nos encherá de gratidão a Deus. Graças a ela nos faremos santos e irradiaremos o amor de Deus em muitos corações.

Chiara Lubich

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Santa Missa!

Aconteceu em nossa comunidade recentemente Santa Missa na propriedade de nosso irmão cursilhista Celso de Lima. A Santa Missa foi em homenagem a Nossa Senhora e a Santa Ana, pois a mãe do nosso irmão era devota da Santa. AS Santa Missa foi presidida pelo nosso querido Pároco, Padre Zezinho e foi concelebrada, a convite dos familiares da localidade, pelo Padre Laércio, Pároco da cidade vizinha de Borrazópolis. Na oportunidade foi abençoada uma imagem de Santa Ana e mais duas pequenas imagens de Nossa Senhora, que foram levadas a uma capela construída especialmente na propriedade. O local como disse o nosso irmão cursilhista: "será um local, além de lazer da família, um local também de oração e retiros", como não poderia deixar de ser, a comunidade esteve presente em grande número. Logo após a Santa Missa as imagens foram levadas em via sacra para a capela, onde foi rezada ma Ave-Maria, e em seguida, foi erguido o mastro de Santo Antonio, São João e São Pedro, foram servidos pipoca, doces, chá de amendoim e quentão (não alcoólico) as pessoas ali presentes. Até a próxima e um forte Shalom!!!!!

Curso de Liturgia.

Shalom a todos nossos irmãos cursilhistas!!!
Acontecerá em nossa comunidade paroquial uma aula muito especial amanhã, nossa Escola de Cursilho estará recebendo a visita de Monsenhor Roberto Carrara, que estará nos dando uma aula sobre a nossa Liturgia. Monsenhor é Doutor em Liturgia, e esteve muitos anos  serviço da Santa Sé na cidade do Vaticano. Este tema importantíssimo para todos nós católicos é de suma importância para que possamos entender, compreender e amar a nossa liturgia, nossos ritos liturgicos e através disto saber o significado e o porque do que está acontecendo em todos os momentos de nosso culto maior, a Santa Missa. Contamos com a presença de todos os cursilhistas de nossa comunidade e também de nossa comunidade em geral. Padre Zezinho comunicou e convidou a comunidade no último sábado para que compareça, será à partir das 20:00 Horas da noite em nossa igreja matriz.
Shalom!!!!!

Rádio Comunitária em Novo Itacolomi

Aconteceu recentemente no salão paroquial de Novo Itacolomi, a primeira reunião sobre a implantação de uma rádio comunitária na localidade. Esteve presente, a convite do Padre Zezinho, o querido Padre Natalício, Pároco de Marilândia do Sul e assessor do Movimento de Cursilho do GED, colocando a comunidade ali presente sobre como proceder para que possa vir a ser implantada esta rádio. Com seu jeito comunicativo Padre Natalício esclareceu dúvidas das pessoas que ali se encontravam, disse a todos que está rádio é da comunidade, sem fins políticos e lucrativos, sem denominação religiosa, sendo que a programação deverá atender a todos da comunidade, deixou claro também que a potencia da mesma é de 1 Km em linha reta, pois a intenção é atingir a localidade de Novo Itacolomi, atender a comunidade local. Estiveram presentes diversos segmentos da comunidade tais como: Conselho de Segurança, Movimento de Cursilho, representantes das diaconias, Igreja Assembléia de Deus e representantes dos Poderes Legislativo, através do Senhor José Chaves dos Santos e Executivo Municipal, com a presença do Senhor Prefeito Moacir e seu vice Roberto. O processo está iniciado, esperamos que venha a se concretizar mais este sonho para nossa comunidade. Shalom e até a próxima!!!!









Fotos-Padre Natalício.

Evangelho do Dia

O imposto do templo - Mt 17, 22-27

Naquele tempo, quando estava reunido com os discípulos na Galiléia, Jesus lhes disse:
- O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens, e eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará.
E os discípulos ficaram extremamente tristes. Quando chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram:
- O vosso mestre não paga o imposto do templo?
Pedro respondeu:
- Paga, sim!
Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou:
- Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, dos filhos ou dos estranhos?
Ele respondeu: 
- Dos estranhos!
- Logo os filhos estão livres - retrucou Jesus - Mas, para não ofender essa gente, vai ao mar, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda valendo duas vezes o imposto; pega-a e entrega a eles por mim e por ti.

COMENTANDO O EVANGELHO: Os filhos estão isentos

Os cobradores do imposto para o Templo estavam de olho em Jesus. Os sacerdotes e os rabinos julgavam-se isentos de pagá-lo. Será que Jesus, por ser considerado mestre, imaginava gozar do mesmo direito? Afinal, todo judeu adulto devia cumprir esta obrigação, a partir dos vinte anos. A resposta à pergunta dirigida a Pedro seria uma forma de revelar a identidade de Jesus, ou melhor, o que ele pensava de si mesmo.

Pedro responde afirmativamente. Com isso, deixa entrever seu modo de entender a pessoa do Mestre: um Messias submisso às tradições de Israel, cumpridor de suas obrigações. Um Messias sem novidades, afinado com as expectativas populares.

A pergunta que Jesus dirigiu a Pedro tem um quê de censura. Ao falar de "reis da Terra", "seus filhos" e de "estranhos", Jesus tinha em mente o oposto disto: "o Rei do Céu" e seus "filhos". É neste nível que ele se situa. Por conseguinte, sendo filho do Rei do Céu, por direito estava isento de pagar taxas impostas aos estrangeiros pelos reis da Terra.

A consciência de serem filhos, como Jesus, deveria fazer parte da vida dos membros da comunidade. Por serem filhos de Deus os discípulos estão dispensados de se submeter às imposições das instituições humanas, mesmo as religiosas. Caso se submetessem, seria apenas por razões pastorais, para evitar escândalos, não fechando às pessoas a possibilidade de serem tocadas pela palavra de Jesus. Era preciso deixar uma porta aberta para a conversão.

ORAÇÃO

Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo submeter-me.

ANGELUS

ANGELUS – 07/08/11

O Papa fez novo apelo, neste domingo, para que cessem os conflitos violentos na Síria. O chamado foi durante a cerimônia da celebração mariana do Angelus, a qual Bento XVI conduziu da residência pontifícia de Castel Gandolfo.

“Acompanho com muita preocupação os dramáticos e crescentes episódios de violência na Síria – disse o Pontífice -, os quais já provocaram numerosas vítimas e grandes sofrimentos.” Em seguida, fez um convite a todos os fiéis católicos para que rezem pelo sucesso do “esforço de reconciliação, para que prevaleça sobre a divisão e sobre o rancor”. 

O Papa também fez um apelo urgente às autoridades e ao povo sírio. O Santo Padre pediu que “se restabeleça, o quanto antes, a convivência pacífica e que se responda adequadamente às aspirações legítimas dos cidadãos em relação ao respeito de sua dignidade, em benefício da estabilidade da região”. 

A Líbia também foi lembrada por Bento XVI, como um exemplo de onde “a força das armas não resolveu a situação”. “Exorto os Organismos internacionais e a todos os que têm responsabilidade política e militar a estabelecerem um plano de paz para a Síria, através da negociação e do diálogo construtivo”, pediu, com veemência, o Papa. 

Para uma multidão de fiéis e peregrinos especialmente animados, provenientes de diversas partes do mundo, o Papa falou também sobre o Evangelho deste domingo, que narra a travessia dos Apóstolos pelo mar da Galileia.

O Santo Padre narrou o episódio: “a barca já estava a muitas milhas da terra e era agitada pelas ondas - o vento, de fato, vinha da direção contrária (v. 24), e eis que, no final da noite, Jesus andou em sua direção, caminhando sobre o mar (v. 25). Os discípulos ficaram chocados e, confundindo-o com um fantasma, gritando de medo (v. 26), não o reconheceram, não entenderam que se tratava do Senhor”. Mas Jesus os tranqüiliza, citou o Papa: "Coragem, sou eu, não tenhais medo" (v. 27). 

Em seguida, Bento XVI explicou essa passagem: “o mar simboliza a vida presente e a instabilidade do mundo visível, a tempestade indica todos os tipos de tribulações, de dificuldades, que oprimem o ser humano. A barca, porém, representa a Igreja edificada em Cristo e guiada pelos Apóstolos. Jesus quer educar os discípulos a suportarem com coragem as dificuldades da vida, confiando em Deus, naquele que se revelou ao profeta Elias, no monte Horeb "no sussurro de uma brisa suave" (1Re 19,12). 

O Pontífice desenvolveu o episódio narrando o gesto do "apóstolo Pedro, que, tomado por uma onda de amor pelo Mestre, pede-lhe para ir ao seu encontro, caminhando sobre as águas. Mas, vendo que o vento estava forte, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me." (Mt 14,30). 

E aqui o Santo Padre esclareceu: “Pedro caminha sobre as águas não pela própria força, mas pela graça divina, na qual crê, e quando é tomado pela dúvida, quando já não fixa seu olhar em Jesus, mas tem medo do vento, quando não confia totalmente na palavra do Mestre, quer dizer que ele está se afastando Dele, e é então que risca afogar-se no mar da vida”. 

“A experiência do profeta Elias, que ouviu a passagem de Deus e a fé do apóstolo Pedro, nos faz entender que, o Senhor, mesmo antes que o procuremos ou o invoquemos, é Ele próprio que vem ao nosso encontro, abaixa o céu para tomar-nos pela mão e levar-nos à sua altura; espera somente que confiemos plenamente Nele”, concluiu Bento XVI, que saudou a todos em diversas línguas e concedeu sua benção apostólica. (ED)

Fonte: Rádio Vaticano