quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ORANDO COM A BÍBLIA!

São incontáveis os trabalhos sérios, profundos, que pessoas competentes têm realizado sobre a oração, à luz da Palavra de Deus. Cada página da Bíblia é um compêndio oracional para um diálogo intimo com Deus. Uma consciente confrontação com os desígnios do Senhor. Um choque entre os nossos projetos e os planos que a Bíblia nos oferece. 

O homem bíblico é essencialmente orante. Alguém que acredita na presença viva do Deus da história, que se deixa conduzir, guiar, mas, ao mesmo tempo, percebe toda a relutância ao pronunciar o seu sim incondicional ao desconhecido. É partir para uma terra desconhecida, é deixar as seguranças pela insegurança. 

O futuro, porém, não assusta o homem orante, ele sabe que sempre o anjo do Senhor o precede no caminho. Quando chega, Deus já o está esperando há muito tempo. Nesta certeza, devemos ler a história do povo de Israel, sempre nômade, sempre caminheiro, mas também sempre pronto a crer que o Senhor está com ele. "Não temas e não te apavores, porque Iahweh teu Deus está contigo por onde quer que Andes." Js 1,9 .

Saber que Deus vai conosco e nós com ele. Com ele não há ruptura da aliança; ir com ele constitui a maior alegria da vida. Nunca Deus quebra sua aliança conosco. Nosso pecado não permite que ele se afaste de nós. É sempre o Deus da espera, que confia no retorno do filho pródigo. 

São João da Cruz, no Cântico Espiritual, com uma clareza desconcertante, nos consola dizendo: "Grande consolação traz a alma entender que jamais lhe falta Deus, mesmo quando se achasse (ela) em pecado mortal; quanto mais estará presente naquela que se acha em estado de graça. Que mais queres, ó alma, e que buscas fora de ti se tens dentro tuas riquezas, teus deleites, tua satisfação, tua fartura e teu reino, que é teu Amado a quem procuras e desejas? Goza-te e alegra-te em teu interior recolhimento com ele, pois o tens tão próximo. Aí o deseja, aí o adora, e não vás buscar fora de ti, porque te distrairás e cansarás; não o acharás, nem gozarás com maior segurança, nem mais depressa, nem mais de perto do que dentro de ti. Há somente uma coisa: embora esteja dentro de ti, está escondido, mas já é grande coisa saber o lugar onde ele se esconde para buscar ali com certeza".

São João Cruz, Cant. 1, 8. É a tradução prática do texto do Apocalipse 3, 20: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo".

Se o homem, na sua liberdade decidir não lhe abrir a porta, Ele aí permanecerá batendo até que, vencidos pelas batidas da misericórdia, nós decidamos abrir-lhe. Na Bíblia, existem muitas palavras-chave que nos fazem compreender toda a beleza da oração. O diálogo com Deus se abre em vasto horizonte. O homem histórico de ontem, de hoje e de sempre possui sentimentos fundamentais que o revelam e não mudam. O homem bíblico chora, ri, sofre, pede, tem medo, suplica como o homem da Idade Média, o homem da tecnologia de hoje, como homem de amanhã. Quem reza vai se apresentando ao Senhor segundo a situação particular que o envolve e o faz sofrer. Uma oração que nasce da vida e que volta à vida. 

Frei Patrício Sciadini, ocd

Meditando o Evangelho.

Algumas pessoas que queriam seguir Jesus - Lc 9, 57-62

Naquele tempo, enquanto Jesus e os discípulos iam pelo caminho, um homem disse a Jesus:
- Eu estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar onde o senhor for.
Então Jesus disse:
- As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.
Aí ele disse para outro homem:
- Venha comigo.
Mas ele respondeu:
- Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai.
Jesus disse:
- Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus.
Outro homem disse:
- Eu seguirei o senhor, mas primeiro deixe que eu vá me despedir da minha família.
Jesus respondeu:
- Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus
.

A radicalidade do seguimento

Cada uma das três cenas de encontro de Jesus com pessoas chamadas a segui-lo, ilustra a radicalidade do seguimento. É preciso uma grande dose de despojamento para dar o passo. Sem isto, essa experiência ficaria sem feito, já nos seus inícios.

A primeira cena aponta para o destino de pobreza e insegurança a que estão fadados os seguidores de Jesus. Ele mesmo sabia-se desprovido de segurança oferecida por uma estrutura familiar, ou qualquer outra. Não podia contar com nada que lhe pudesse oferecer estabilidade. Sua existência era realmente precária, sob o ponto de vista material. Estava sempre na dependência da generosidade alheia.

A segunda cena, sem pretender pôr em discussão as obrigações próprias da piedade filial, indica estar o discípulo a serviço do Reino da vida. É inútil preocupar-se com a morte física, pois esta é vista na perspectiva da ressurreição. Assim, não é falta de piedade, no caso do discípulo em missão, estar ausente por ocasião do enterro do próprio pai. A certeza da ressurreição permite-lhe manter-se em comunhão com o ente querido, para além da morte física.

A terceira cena mostra como o chamado do Reino não suporta delongas. Nada de despedidas demoradas, adiamentos sem fim, desculpas sucessivas. Ao ser chamado, o discípulo deve estar disposto a romper com o passado e lançar-se, de cheio, no serviço do Reino.

ORAÇÃO

Espírito Santo, que as preocupações desta vida jamais me impeçam de ser decidido em entregar-me à missão que o Senhor me confiou.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Meditando as Sagradas Escrituras! Evangelho do dia!

Evangelho (Lc 9,51-56): Quando ia se completando o tempo para ser elevado ao céu, Jesus tomou a firme decisão de partir para Jerusalém. Enviou então mensageiros à sua frente, que se puseram a caminho e entraram num povoado de samaritanos, para lhe preparar hospedagem. Mas os samaritanos não o queriam receber, porque mostrava estar indo para Jerusalém. Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu, para que os destrua?». Ele, porém, voltou-se e os repreendeu. E partiram para outro povoado». PALAVRA DA SALVAÇÃO.

Comentário: Rev. D. Llucià POU i Sabater (Vic, Barcelona, Espanha)
«Voltou-se e os repreendeu»
Hoje no Evangelho contemplamos como «Tiago e João disseram: ‘Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu, para que os destrua?’. Ele, porém, voltou-se e os repreendeu. E partirem para outro povoado» (Lc 9,54-55). São defeitos dos Apóstolos, que o Senhor corrige.

Conta a história de um homem que transportava água da Índia, carregava dois cântaros um a cada lado pendurado no extremo de um pau que se apoiava em seus ombros: Um era perfeito, e o outro tinha uma rachadura e perdia água. Este –triste- observava o outro tão perfeito e com vergonha e sentindo-se miserável, disse um dia ao seu amo: sinto muito, que por causa do meu defeito perca metade do meu conteúdo. Ele lhe respondeu: Quando voltarmos para casa repara nas flores que crescem no lado do caminho. E reparou: eram belíssimas flores, mas vendo que continuava a perder água, repetiu: Não sirvo, faço tudo mal. O senhor lhe respondeu: —reparaste que as flores só crescem no teu lado do caminho? Isto porque eu sempre soube que em ti havia uma rachadura, então plantei sementes do teu lado e a cada dia que fazia este trajeto tu regavas as sementes e assim pude recolher estas flores para o altar da Virgem Maria. Sem ti e a tua maneira de ser, não seria possível esta beleza. 

Todos, de alguma maneira somos cântaros rachados, mas Deus conhece bem os seus filhos e dá-nos a possibilidade de aproveitar as rachaduras-defeitos para alguma coisa boa. Assim o apóstolo João —que hoje quere destruir—, com a correção do Senhor converte-se no apóstolo do amor nas suas cartas. Não se desanimou com as correções, senão que aproveitou o lado positivo do seu caráter impulsivo —a paixão— para o serviço do amor. Que nós, também sejamos capazes de aproveitar as correções, as contrariedades —sofrimento, fracasso, limitações— para “começar e recomeçar”, tal como São Josemaria definia a santidade: dóceis ao Espírito Santo para convertermos a Deus e sermos seus instrumentos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mensagem do Dia!!!

Rir e vencer é só começar
É de dia, é de noite, a vida sem alegria é uma triste rotina.
Ataca a alma, adoece o fígado, constipa, resseca. 
Pobre de quem vê tudo cinza.
A vida vira um fardo enorme, tudo pesa.
Pior é quando a pessoa já não aceita ajuda, já não procura solução, pois acredita que este é o seu fim.
Tem gente que se acostuma tanto com a dor, que quando se vê sorrindo, por engano, chora de raiva, de agonia, pois está se traindo.
Ah! Meu Deus, que doença é essa?
Que força desenvolvemos para ficar assim?
Dizem os Budistas, que é tudo a mesma energia;
o ódio usa a energia do amor, 
o medo, a energia da coragem,
a tristeza, a energia da alegria.
Por isso, tudo pode ser revertido, é como andar de bicicleta, primeiro colocamos rodinhas, depois de alguns metros e alguns tombos, vamos ganhando confiança, e pronto!
Lá vamos nós para nossos quilômetros.
Ah! e você sabe; 
quem aprende andar de bicicleta nunca esquece!
Assim é com a alegria: 
quem aprende a sorrir, quem aprende a ultrapassar as barreiras que a vida sempre traz, adquire uma força que não se aprende nos livros, nem nas escolas, é da vida, é do 'andar de rodinhas', é do querer.
Vai, faz um esforço, dá um sorriso...
assim, meio amarelado mesmo, ninguém tá vendo.
Deixa vir o riso, lembra de um mico que você pagou, aquele que te dava tanta vergonha, hoje é para rir com ele...
Ria até doer a barriga, como a gente fazia quando era criança.
Tem coisa mais contagiante e gostosa que risada de criança?
Seja então, a criança do dia, hoje e sempre, eternamente, que assim seja, amém!

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke

Evangelho do Dia. Quem é o Maior?

Naquele tempo, surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles seria o maior. Jesus, sabendo o que estavam pensando, pegou uma criança, colocou-a perto de si e disse-lhes:
- Quem receber em meu nome esta criança estará recebendo a mim mesmo. E quem me receber estará recebendo Aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior.
Tomando a palavra, João disse:
- Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome, mas nós lhe proibimos, porque não anda conosco.
Jesus respondeu:
- Não o proibais, pois quem não é contra vós está a vosso favor.

COMENTANDO O EVANGELHO: Pensamento inconveniente

Jesus e os discípulos caminhavam em direções opostas. Enquanto Jesus preanunciava seu destino de sofrimento e morte, os discípulos nutriam ideais de grandeza, preocupados em saber quem dentre eles seria o maior.

Descurando as exortações recebidas, anteviam um destino de glória e esplendor para si e para o Mestre. E procuravam organizar seu futuro a partir desta lógica mundana. Em outras palavras, eram incapazes de imaginar um projeto de vida fora de relações desiguais, próprias de uma sociedade de classes.

Jesus tentava fazê-los compreender ser possível viver de uma maneira nova, dentro e fora da comunidade. Dentro da comunidade, as relações interpessoais seriam regidas pelo princípio da igualdade e do serviço. Prestígio, poder e autoridade nenhuma importância teriam. Com os de fora da comunidade, o Reino exigia ser tolerante e respeitoso, superando toda tentação de sectarismo e de fanatismo.

Os velhos esquemas deveriam ser invertidos, ou melhor, substituídos pela novidade do Reino. Grandes seriam os menores da comunidade. Os desprezados, como as crianças, tornar-se-iam objeto de atenção. O Messias glorioso deveria ser encontrado nas pessoas marginalizadas, pois a grandeza do Reino é bem diferente daquela que os discípulos imaginavam.

ORAÇÃO

Espírito Santo, tira de mim todo ideal de grandeza que consiste no domínio sobre meu semelhante, e torna-me servidor humilde dos mais pequeninos.

ANGELUS

Seguem as palavras que o Papa pronunciou ontem, ao concluir a Missa no aeroporto turístico de Freiburg (Alemanha), durante a oração mariana do Angelus, com os fiéis lá reunidos:

“Amados irmãos e irmãs,

Queremos agora concluir esta solene Eucaristia com o Angelus. 

Esta oração faz-nos recordar sempre de novo o início histórico da nossa salvação. O Arcanjo Gabriel apresenta à Virgem Maria o plano de salvação de Deus, segundo o qual Ela deveria tornar-se a Mãe do Redentor. Maria fica perturbada. Mas o Anjo do Senhor diz-Lhe uma palavra de consolação: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus». 

Deste modo, Maria pode dizer o seu grande «sim». Este «sim» a ser serva do Senhor é a adesão confiante ao plano de Deus e à nossa salvação. E, finalmente, Maria diz este «sim» a todos nós que, junto da Cruz, Lhe fomos confiados como filhos (cf. Jo 19, 27). E nunca mais revoga esta promessa. E é por isso que Ela deve ser chamada feliz, antes bem-aventurada, porque acreditou no cumprimento daquilo que Lhe foi dito da parte do Senhor (cf. Lc 1, 45). 

Agora, ao rezarmos esta saudação do Anjo, podemos unir-nos a este «sim» de Maria e aderir confiadamente à beleza do plano de Deus e da providência que Ele, na sua graça, reservou para nós. Então, também na nossa vida o amor de Deus tornar-se-á, por assim dizer, carne, tomará progressivamente forma. 

Não devemos ter medo no meio das nossas preocupações sem fim. Deus é bom. Ao mesmo tempo, podemos sentir-nos apoiados pela comunidade de tantos fiéis que nesta hora rezam o Angelus conosco, em todo o mundo, através da televisão e do rádio.”

Fonte: ZENIT (Agência Internacional Católica de Notícia)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Meditando as Sagradas Escrituras


Dia Litúrgico: Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Lc 9,18-22): Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou». Mas Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que eu sou?». Pedro respondeu: «O Cristo de Deus». Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém. E explicou: «É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar». PALAVRA DA SALVAÇÃO.
Comentário: Rev. D. Pere OLIVA i March (Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)
«Quem dizem as multidões que eu sou?(...) E vós, quem dizeis que eu sou?»
Hoje, no Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Maestro formula a todos. O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Faz que giremos ao redor e contemplemos como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de trabalho, os amigos, os familiares mais próximos... Olhamos o entorno e sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos -depende dos casos- de algumas dessas respostas que formulam quem têm relação conosco e com nosso âmbito, as pessoas... E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz que tomemos consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao nosso lado. Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de encontro para ir além...

Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia... Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos lábios e nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser? Há em nós uma sincera disposição a seguí-lo nos caminhos da vida? Estamos dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?

«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo. Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...) A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta). Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Meditando as Sagradas Escrituras - Novo Testamento


Dia Litúrgico: Quinta-feira da 25ª semana do Tempo Comum.

Evangelho (Lc 9,7-9): Naquele tempo, o rei Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou confuso, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: «Eu mandei cortar a cabeça de João... Quem será esse homem, sobre quem ouço falar estas coisas?». E procurava ver Jesus. Palavra da Salvação.

Comentário: Rev. P. Jorge R. BURGOS Rivera SBD (, )
«Procurava ver Jesus»
Hoje o texto do Evangelho nos diz que Herodes queria ver Jesus (cf. Lc 9,9). Esse desejo de ver Jesus vem da curiosidade. Falava-se muito de Jesus pelos milagres que ele ia realizando por onde passava. Muitas pessoas falavam dele. A atuação de Jesus trouxe à memória do povo diversas figuras de profetas: Elias, João Batista, etc. Mas, por ser simples curiosidade, esse desejo não transcende. Tal é o fato que quando Herodes vê não lhe causa maior impressão (cf. Lc 23,8-11). Seu desejo se desvanece ao vê-lo cara a cara, porque Jesus se nega a responder suas perguntas. Esse silêncio de Jesus lhe delata como corrupto e depravado.

Nós, ao igual que Herodes, com certeza sentimos, alguma vez, o desejo de ver Jesus. Mas já não contamos com ele Jesus em carne e osso como nos tempos de Herodes, no entanto contamos com outras presenças de Jesus. Quero ressaltar duas delas. 


Em primeiro lugar, a tradição da Igreja fez das quintas-feiras um dia por excelência para ver Jesus na Eucaristia. São muitos os lugares onde hoje está exposto Jesus - Eucaristia. «A adoração eucarística é uma forma essencial de estar com o Senhor. Na sagrada custódia está presente o verdadeiro tesouro, sempre esperando por nós: não está ali por Ele, e sim por nós» (Bento XVI). -Aproxime-se para que lhe deslumbre com sua presença. 

Para o segundo caso podemos fazer referência a uma canção popular, que diz: «Conosco está e não o conhecemos». Jesus está presente em tantos e tantos de nossos irmãos que têm sido marginados, que sofrem e não têm ninguém que os queira ver. Na sua encíclica Deus é Amor, diz o Papa Bento XVI: «O amor ao próximo enraizado no amor a Deus é ante tudo uma tarefa para cada fiel, mas é também para toda a comunidade eclesial». Assim, então, Jesus está lhe esperando, com os braços abertos lhe recebe em ambas as situações. Aproxime-se!

A autoridade do Estado e seus limites
Hoje, perante a injusta atuação do “príncipe” perguntamo-nos: Até que ponto devemos obedecer ao poder político? O cristão está vinculado à ordem jurídica estatal tal como a uma ordem moral. Mas, se o Estado castiga o “ser cristão” como tal, então, não exerce o poder de ser garante, mas sim de destruidor desse direito. Neste caso, não é uma vergonha, mas uma honra, ser castigados. Quem sofre por este motivo coloca-se sob as marcas de Cristo. 

Cristo crucificado indica-nos os limites do poder estatal e mostra-nos onde acabam os seus direitos e se torna necessário resistir no meio do sofrimento. A fé do Novo Testamento não conhece revolucionários, mas mártires; eles reconhecem a autoridade do Estado, mas conhecem também os seus limites. A sua resistência consiste em fazer tudo o que está ao serviço do direito e da comunidade (mesmo que provenha de autoridades estranhas ou hostis à fé) mas não obedecem quando se lhes manda fazer o mal.

—Senhor-Rei nosso, rezamos-te pelas autoridades e a ti adoramos-te.
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI) (Città del Vaticano, Vaticano)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Evangelho.

Dia Litúrgico: 21 de Setembro: São Mateus, apóstolo e evangelista

Evangelho (Mt 9,9-13): Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: «Segue-me!». Ele se levantou e seguiu-o. Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e disseram aos discípulos: «Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?». Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: «Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. Ide, pois, aprender o que significa: Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores». PALAVRA DA SALVAÇÃO!

Comentário: Rev. D. Joan PUJOL i Balcells (La Seu d'Urgell, Lleida, Espanha)

«Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores»
Hoje celebramos a festa do apóstolo e evangelista São Mateus. Ele mesmo nos conta no seu Evangelho sobre a sua conversão. Estava sentado na coletoria de impostos e Jesus o convidou a segui-lo. Mateus -diz o Evangelho- «se levantou e seguiu-o» (Mt 9,9). Com Mateus chega ao grupo dos Doze um homem totalmente diferente dos outros apóstolos, tanto pela sua formação como pela sua posição social e riqueza. Seu pai lhe fez estudar economia para poder fixar o preço do trigo e do vinho, dos peixes que seriam trazidos por Pedro e André e os filhos de Zebedeu e o das pérolas preciosas das quais fala o Evangelho.

Seu ofício, de coletor de impostos, era mal visto. Aqueles que o exerciam eram considerados publicanos e pecadores. Estava ao serviço do rei Herodes, senhor da Galiléia, um rei detestado pelo seu povo e que o Novo Testamento nos apresenta como um adúltero, o assassino de João Batista e aquele que escarneceu Jesus a Sexta Feira Santa. O que pensaria Mateus quando ia render contas ao Rei Herodes? A conversão de Mateus devia supor uma verdadeira liberação, como o demonstra o banquete ao que convidou os publicanos e pecadores. Foi a sua maneira de demonstrar agradecimento ao Mestre por ter podido sair de uma situação miserável e encontrar a verdadeira felicidade. São Beda o Venerável, comentando a conversão de Mateus, escreve: «A conversão de um coletor de impostos dá exemplo de penitência e de indulgência a outros coletores de impostos e pecadores (...). No primeiro instante da sua conversão, atrai até Ele, que é como dizer até a salvação, a um grupo inteiro de pecadores».

Na sua conversão se faz presente a misericórdia de Deus como se manifesta nas palavras de Jesus frente à crítica dos fariseus: «Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores» (Mt 9,13).

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Evangelho!

Evangelho - Lc 8,1-3

Andavam com êle várias mulheres que ajudavam a Jesus
e aos discípulos com os bens que possuíam.-


Naquele tempo:
1Jesus andava por cidades e povoados,
pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus.
Os doze iam com ele;
2e também algumas mulheres
que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças:
Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios;
3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes;
Susana, e várias outras mulheres
que ajudavam a Jesus e aos discípulos
com os bens que possuíam.
Palavra da Salvação.

Meditação:
Assim como Jesus não parava, mas vivia caminhando de um lado para o outro anunciando a chegada do Reino de Deus, a sua Igreja não pode ficar parada. Ela deve ir sempre ao encontro do outro, abrir novas fronteiras no trabalho evangelizador para que todos possam ter a oportunidade de conhecer o Reino de Deus, assim como livremente optar por ele. Para realizar a sua missão, a Igreja deve, assim como o divino Mestre, envolver o maior número possível de pessoas, sem distinção entre elas, que queiram colocar a sua vida a serviço do Reino de Deus, como fizeram as mulheres, conforme nos narra o Evangelho de hoje.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Evangelho do Dia

Evangelho - Jo 19,25-27


Naquele tempo:25Perto da cruz de Jesus, estavam de péa sua mãe, a irmão da sua mãe, Maria de Cléofas,e Maria Madalena.26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:"Mulher, este é o teu filho".27Depois disse ao discípulo:"Esta é a tua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.Palavra da Salvação.



O Evangelho de João (Jo 19,25-27) relata que no momento da crucificação de Jesus, Maria sua mãe estava aos pés da cruz. Ela certamente olhava para aquela cena dolorosa com todo seu amor, só conseguia ver seu filho, o Filho de Deus se consumindo de amor por toda a humanidade.

Mudando o foco para Jesus, o que Ele estaria vendo? Qual seria a imagem que Jesus estaria vendo do alto da cruz?

Seu olhar não é atraído por uma mulher desmaiada, ou totalmente descontrolada como poderia ocorrer com uma mãe presenciando o filho se esvaindo aos poucos diante dela. O que chama a atenção de Jesus é ver sua mãe de pé diante da cruz.

Maria está lá, esmagada pela dor, mas de pé, ela não desfalece. Está pronta a carregar com o Filho todo o peso do sofrimento que lhe fora reservado. Ela compreende e compartilha o sofrimento do Filho. Se tivéssemos olhos espirituais com certeza ao olhar para Jesus crucificado veríamos que junto dele estava Maria. Contemplamos aí dois martírios, o primeiro e mais contundente o de Jesus, e o segundo um martírio diferente, mas também contundente, Maria sendo martirizada na alma.

Arnoldo de Chartres  escreve que por ocasião do grande sacrifício do Cordeiro imaculado, que morria por nós na cruz, poderíamos ter visto dois altares: um no Calvário, no corpo de Jesus, outro no Coração de Maria. Enquanto o Filho sacrificava seu corpo pela morte, Maria sacrificava sua alma pela compaixão.

Maria poderia ter tentado evitar que a situação chegasse a tal ponto se na ocasião da condenação e sentença de Jesus ela tivesse intercedido junto a Pilatos. Porém, ela sabia que a hora anunciada por Jesus havia chegado. A hora da cruz, da redenção, da libertação, da salvação, a hora da vitória.

A atitude de Maria indica que é decisivo ficar perto da cruz de Jesus, o importante é acreditar e apropriar-se do Seu sofrimento.

É o poder que emana da cruz que nos possibilita carregar a nossa cruz. Maria nos ensina como se comportar diante da cruz, pois sem cruz não há salvação. A salvação passa pela cruz.

O nosso lugar é junto de Maria aos pés da cruz. Assim como o discípulo que Ele amava. È preciso estar perto da cruz de Jesus e de pé, ou seja, pronto para receber toda a força emanada da cruz. É esta força que permitirá carregar nossas cruzes. Aos pés da cruz nos abastecemos do seu amor, e mantemos sempre presente e vivo o quanto valemos para Deus, que somente Ele poderia pagar o alto preço fixado por cada um de nós.

Por isso, o que estamos esperando? Maria nos aguarda a cada dia diante da cruz de Jesus para juntos contemplar não a incompreensão dos homens, e onde ela pode chegar, nem a vitória da morte, nem tão pouco apenas um gesto de loucura sem sentido, mas para contemplar que a vitória é possível, que nada pode ser dado de antemão como perdido, que abraçando a cruz de Cristo conseguiremos levar a nossa cruz até o fim.

Diác. Mario Antonio Caterina
Fonte - http://www.filhosdacruz.com.br
Fonte: (

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"DOIS RISCOS" (Jo 3, 13-17)


 "DOIS RISCOS" (Jo  3, 13-17)
                                                                                                                                  (www.jovenscursilhistas.blogspot.com)
 
 
 
 
                                                                             Carrego uma Pequena Cruz junto à chave do carro. Eu a recebi do Movimento do Cursilhos e conservo comigo com muito carinho. Não é um objeto simples mas é um símbolo que assumi no Encontro. A Cruz para o Cristão tem um grande valor. Lembra da missão que Jesus nos deu. No final do Cursilho recebemos uma ordem: CRISTO CONTA COM VOCÊ!  E o cursilhista responde: E EU, COM A SUA GRAÇA! Infelizmente muitas pessoas esquecem disso e perdem a Cruz e o ânimo de trabalhar. Isso não devia acontecer! "Quem põe a mão no cabo do arado, se olhar pra traz, não é digno do Reino". "Não se ascende uma lâmpada pra se colocar debaixo da mesa!"  Todo cursilhista devia iluminar e santificar os lugares onde frequenta.
                                                                             A Cruz é um símbolo de doação total a Deus e aos irmãos. Ela aponta para o infinito e para o horizonte. Simboliza doação a Deus e aos irmãos. Padre Zezinho canta isso maravilhosamente bem na música: "Dois Riscos"  que se encontra no CD: "O Sol Maior". Neste sentido devemos entender a Cruz não como maldição e sim como Benção! A Igreja Católica sempre procurou ensinar isso. Tanto assim que a 14 de setembro é sempre selebramos a exaltação da Santa Cruz. Exaltar a Cruz como sinal de Salvação e doação total. Sabemos que quando Moisés ergueu a serpente no deserto aquilo era uma pré-figuração do que iria acontecer com Jesus. Da mesma forma que as pessoas ficavam curadas ao olhar pra serpente de bronze, também nós, ao comtemplar Jesus na Cruz, meditando sobre suas chagas, ficaremos salvos dos nossos pecados. O próprio Jesus falou sobre isso no Evangelho (Jo 3, 13-17).
                                                                              Fica claro a todos nós que a Cruz que era maldição, tornou-se agora, sinal de Salvação. Mas a Cruz só tem sentido por causa de Jesus. Portanto, não há Cruz sem Jesus;  nem Jesus sem Cruz. Podemos afirmar, também, que não pode haver Cristão sem Cruz. Fico angustiado quando vejo que em algumas igrejas o crucifixo é retirado do lugar de destaque! Já não basta o que acontece nos lugares públicos? Agora também nas igrejas? Parece que algumas pessoas tem vergonha da Cruz de Cristo ou querem minimizar o grande valor da doação máxima de Cristo.
                                                                               Algumas igrejas querem mostrar apenas o Cristo triunfante! Mas isso destroi a mensagem de Jesus que disse: "Quem quiser vir após mim, que tome a sua Cruz..." A Doutrina "lihgt" do Cristianismo leva as pessoas a ficarem acomodadas e não foi isso que Jesus viveu e ensinou. É preciso resgatar, o quanto antes, a Mística da Cruz! Trabalho assim é realizado pelo Movimento de Cursilhos, que já está no Brasil a 50 anos. Mas issso deve ser feito também pelos outros Movimentos Eclesiásticos, Catequese Pastorais e Comunidades. Precisamos nos unir nesta Obra. É por isso que devemos rezar juntos e trabalhar unidos...
 
ORAÇÃO:
 
Ó Deus! Pai de Poder!
Pelo Vosso Poder Infinito:
- Fazei-nos entender a mensagem da Cruz de Cristo!
- Dai-nos forças para tomar a Cruz e seguir a Jesus!
- Não nos permita ficar escandalizados com Cristo Crucifidcado!
- Abençõai  Pastorais e Movimentos da Igreja na missão Evangelizadora!
- Acolhei Senhor, nossa gratidão pela doação máxima do vosso Filho Jesus...
                                                                                                  AMÉM!

Exaltação da Santa Cruz.

D . EUSÉBIO OSCAR SCHEID

Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro



No dia 14 deste mês, a liturgia da nossa Igreja celebrava a festa
da Exaltação da Cruz. O fiel é convidado a penetrar as profundezas de um
"amor que chegou aos extremos" (Jo 13,1), louvando, agradecendo, exaltando.
Não podemos restringir a nossa contemplação ao aspecto doloroso e trágico
dessa "bendita e louvada" Cruz, da qual pendeu a salvação do mundo. Ficamos
chocados e até, revoltados diante dessa ignominiosa crueldade de condenar um
Inocente através do suplício degradante e debochante, que era reservado aos
escravos mais vis e revoltados, os bandidos e salteadores.

Queremos engrandecer o heroísmo máximo de quem morreu pelas mais
nobres causas, escancarando o acesso à salvação para todos.

Sempre olhamos para o Crucificado com certa tristeza... Além de ter
diante dos olhos a imagem mais cruel do Homem das Dores, vem-nos à lembrança
a causa de tanto sofrimento: os pecados todos desde Adão até o final dos
tempos estão retratados ali, naquela imagem de um transfigurado pela dor,
ingratidão, pela paixão e pelo sofrimento da humanidade toda. O profeta
Isaías, nos Cânticos do Servo de Javé, havia profetizado: "O mais belo dos
homens perdeu toda a sua beleza. Não mais parece nem mesmo gente. Aparece
como "golpeado, humilhado, desonrado e triturado" (Is 53,5).

Contudo, os Santos viam nEle a suma beleza, o maior objeto de
esperança, a figura santa e verdadeira do homem novo. Desta forma, a Cruz
será o grande contraste, o desafio por definição. Por um lado demonstra a
maldade do ser humano e, por outro, a grandiosidade do amor do Pai "que não
poupou a seu próprio Filho" (Rm 8,32) e de Cristo, que demonstra ali o maior
amor pelos amigos, "morrendo por eles" (Jo 15,13).

O Crucificado é, efetivamente, o centro da História humana. É
naquela hora - a HORA entre as demais horas - que se realiza "a plenitude
dos tempos" (Ef 1,10 e Gl 4,4) Jesus havia confidenciado, que naquela hora
iria atrair tudo para si. De fato tudo se agrupa ao redor da Cruz; os povos
que andam nas trevas e os que avançam ao clarão da luz eterna; a história de
cada pessoa e do universo todo adquire pleno sentido à sombra dessa Cruz. É
por isso, que São Paulo nos fala do mistério da Cruz como o mistério
central, o centro de toda a ciência e sabedoria. O Crucificado, no mistério
de sua Paixão e Morte nos assegura o aprendizado dos seus inesgotáveis
tesouros de sabedoria e ciência. Achegando-nos ao Crucificado,
contemplando-o com profunda compenetração, tornamo-nos seus alunos e, se
formos dóceis aos seus ensinamentos, tornamo-nos seguidores dos seus passos
todos... até mesmo dos ensagüentados.

"A Cruz está de pé, enquanto o mundo gira", cantava-se em séculos
passados, aparecendo, assim, a Cruz como a rocha firme, o baluarte que não
treme diante das coisas que passam. Ela é estável e firme! Ela está firme
enquanto os acontecimentos humanos se desenrolam a seus pés, transformados
pelo sangue redentor, pelo benefício de um amor eterno.

A Cruz é também o grande sinal da esperança última: "Verão aparecer
sobre as nuvens o sinal do Filho do Homem" (Mt 24,30). Os cemitérios, as
lápides sepulcrais quase todas estão assinaladas pela Cruz. É a certeza de
que aqueles que "morreram em Cristo, também ressuscitarão com Ele" (Rm 6,4).
A Cruz atravessa as sombras da morte, os muros do desconhecido mundo do
Além, e abre novas esperanças, a visão preanunciada de uma vida nova de
felicidade eterna: agregação conjunta de todos os bens e alegrias, amizade
transformante com Deus, imersão na sua glória.

A Cruz, dizíamos, se nos apresenta como um grande contraste, um
verdadeiro choque. Ali se defrontam o ódio máximo e o amor maior; o aparente
fracasso e a vitória final, já iniciada; a justiça e a misericórdia; as
luzes e as trevas; a tristeza da morte e o borbulhar das "fontes da alegria
de salvação" (Is, 12,3). A Cruz nos estimula ao sacrifício, ao heroísmo e ao
martírio. Nela os missionários de todos os tempos encontravam inspiração e
impulso evangelizador. Todos os inumeráveis mártires de ontem e de hoje
encontravam nela o ideal e a força para o sofrimento e para o enfrentamento
da própria morte, qualquer que fosse.

A Cruz, ainda hoje, nos irmana na solidariedade com os que sofrem:
doentes, encarcerados, injustiçados, excluídos... Para todos eles (e para
nós também) o Crucificado é a resposta: "Não temais eu venci o mundo" (Jo
16,33).

Ao nos persignarmos com o sinal do cristão - como aprendemos desde
o Catecismo - professamos a nossa fé que brota da Cruz e nela se consuma
como vitória final. Não percamos o lindo costume de enriquecermos as salas
de estar, salas de aula, de decisões maiores, estabelecimentos públicos -
com a figura nobre e, ao mesmo tempo, triste do Crucificado. É perene apelo
à justiça e honestidade. É garantia de acerto.

Ao contemplarmos um pouco mais de perto o Crucificado, entenderemos
melhor os segredos de Jesus e teremos mais coragem para enfrentar os
contratempos do dia-a-dia e nossos olhos penetrarão nos abismos do Amor...

A Cruz é uma das grandes maravilhas de um amor sem limites e sem
explicações, de um amor humano-divino de total doação.

Evangelho do Dia

Evangelho (João 3,13-17)


Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.
16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Católico Raios de Luz!

Bom dia, meu irmão e minha irmã, BOM DIA!

Jesus caminhava fazendo o bem! 









Procure caminhar a partir de agora, pensando e fazendo somente o bem. Só age assim quem está em comunhão com Deus; você tem alguma dificuldade com Ele? Peça perdão, reate a amizade, reconcilie-se com Deus. Peça perdão pelo seu mau humor, falta de paciência, desgosto, indiferença, frieza, insatisfação com a vida, enfim peça perdão por tudo! Procure hoje purificar seu coração; tem muita coisa aí guardada que o está envenenando, atrapalhando sua vida, causando insegurança, revolta, mal-estar e envenenando todo o seu ambiente. Peça perdão a Deus, peça um coração novo, para amar e perdoar. Perdoe!

Com minha Bênção!
Pe. Joaquim Wladimir Lopes Dìas.

DECOLORES!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Escola do Cursilho!!!!

Shalom irmãos e irmãs Cursilhistas!!!!


Acontece hoje a nossa Escola Vivencial, estaremos nos reunindo à partir das 19:30 horas na sala de catequese onde refletiremos o mês da Bíblia através do Livro do Êxodo (Ex. 15,22 a 18,27) com o Tema: “Travessia, passo a passo, o caminho se faz”, e o lema “Aproximai-vos do Senhor”. Esperamos contar com a presença de todos para podermos refletir um pouco mais sobre a palavra de Deus e este momento marcante do Povo de Deus na travessia do Deserto. Não esqueçam de levar suas Bíblias.
Shalom!!

11º DECOLORES!!!!

Aconteceu de 26 a 28 de agosto do 11º Decolores, semente inspirada pelo Divino Espírito Santo. Com alegria postamos aqui a foto (fonte: http://fredciappina.blogspot.com/), que estes jovens sejam o Sopro do Espírito Santo em suas comunidades e propaguem com o entusiasmo este Jesus Maravilhoso!!!!
Estiveram fazendo pela nossa Paróquia: Pedro Henrique, Gustavo Broleze, Amanda e Gabriela, trabalhando: Rafaela e Loraine!!!!
Shalom!!!!!!

Evangelho do Dia!

Jovem, Eu te ordeno, levanta-te!


Naquele tempo: 
11Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. 
Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. 
12Quando chegou à porta da cidade, 
eis que levavam um defunto, 
filho único; e sua mãe era viúva. 
Grande multidão da cidade a acompanhava. 
13Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela 
e lhe disse: 'Não chores!' 
14Aproximou-se, tocou o caixão, 
e os que o carregavam pararam. 
Então, Jesus disse: 
'Jovem, eu te ordeno, levanta-te!' 
15O que estava morto sentou-se e começou a falar. 
E Jesus o entregou à sua mãe. 
16Todos ficaram com muito medo 
e glorificavam a Deus, dizendo: 
'Um grande profeta apareceu entre nós 
e Deus veio visitar o seu povo.' 
17E a notícia do fato espalhou-se pela Judéia inteira, 
e por toda a redondeza. 
Palavra da Salvação.



REFLEXÃO
Os milagres que Jesus realiza não possuem uma finalidade em si, mas são a expressão de uma realidade maior. Quando vemos o caso do Evangelho de hoje, percebemos duas coisas: primeiro: o nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância, e tem poder sobre a morte; segundo: o que motiva Jesus a agir é a compaixão com os que sofrem, e isso nos mostra um aspecto muito importante da sua missão, que é a solidariedade com os mais pobres e necessitados. E tudo isso nos revela que Deus veio visitar o seu povo, ser solidário com ele, e esta notícia precisa ser espalhada para todos os homens a fim de que todos possam perceber a presença amorosa de Deus em suas vidas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Evangelho do Dia

Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. 4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.
6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente a teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz’”.
9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.  PALAVRA DA SALVAÇÃO!




Jantar Dançante!

Shalom a todos os irmãos e irmãs cursilhistas!!!
Acontece dia no próximo sábado o Jantar Dançante do Cursilho, que será dia 17/09/2011 a partir das 20:30hs no CTG Mate Amargo de Apucarana. 
Contamos com a presença de todos os cursilhistas do nosso Decanato.
As reservas podem ser feitas através dos nossos Decanais, e o valor do convite é de R$ 60,00 o casal.
Aguardamos a presença de todos para além de uma boa comida, a gente bater um bom papo ...

SHALOM ..


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Carta ao Papa e Ano Mariano


Penso que seja extremamente oportuna a iniciativa do meu querido irmão, Padre Rodrigo Maria, de suplicar ao Papa Bento XV a graça de um novo Ano Mariano para 2012-2013.
 
Tenho ainda na lembrança as graças imensas que pude colher do Ano Sacerdotal que vivemos, por ocasião do aniversário de 150 anos da morte de São João Maria Vianney (Padroeiro dos Párocos), e que teve muitíssimos frutos de conversão na vida de tantos padres.
 
Um novo Ano Mariano comemorando, em 2012-13, recordando os 25 anos do último ano mariano proclamado pelo servo de Deus o Papa João Paulo II e comemorando os 300 anos do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luis Maria Montfort, seria um verdadeiro tempo de graça para a Santa Igreja de Deus.
 
O Ano Mariano em 2012 seria uma grande oportunidade de reavivar a Devoção a nossa Mãe Santíssima no coração dos católicos e propagar a prática da Consagração Total a Ela, como é ensinado pelo próprio São Luis.
 
Seria uma forma muito prática de responder aos apelos que a Virgem Santíssima fez em Fátima (1917): “Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Coração Imaculado. (…) Se fizerdes o que vos digo, muitas almas se salvarão e terão paz.”
 
Pois como diz o próprio São Luis, “foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio Dela que Ele deve reinar no mundo. (…) Por Ela Jesus Cristo vem a nós, e por Ela devemos ir a Ele.” (“Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, n. 1; 85)
 
Por estas razões, gostaria de me unir a esta iniciativa do Pe. Rodrigo Maria, e convidar você, caríssimo irmão e irmã, a enviar também a sua carta ao Santo Padre Bento XVI, através dos endereços que se encontram abaixo.
 
Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
 

Evangelho do Dia

A questão do jejum - Lc 5, 33-39

Naquele tempo, os fariseus e os mestres da lei disseram a Jesus:
- Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam com freqüência e fazem orações, mas os teus discípulos comem e bebem.
Jesus, então, lhes disse:
- Podes obrigar os convidados do casamento a jejuar, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, então, quando o noivo lhes for tirado, naqueles dias vão jejuar.
Contou-lhes ainda uma parábola:
- Ninguém corta um remendo de roupa nova para costurá-lo em roupa velha. Caso contrário, o novo rasga o velho, e o remendo de roupa nova não combina com a roupa velha. Ninguém põe vinho novo em odres de couro velho, porque o vinho novo arrebenta o couro, e perdem-se o vinho e os odres. Vinho novo em odres novos. Depois de tomar vinho envelhecido, ninguém deseja vinho novo, porque diz: "O velho é melhor".

COMENTANDO O EVANGELHO: O velho e o novo

Vivendo numa sociedade religiosa muito tradicional e conservadora, a pregação de Jesus colocou a novidade que trazia em conflito com os esquemas esclerosados, dos quais as lideranças religiosas não queriam abrir a mão.

A questão do jejum situa-se neste contexto. Os mestres da Lei e os fariseus, seguidos pelos discípulos de João, davam grande valor à prática do jejum, mostrando-se muito fiéis a esta tradição. Por isso, a orientação dada aos discípulos contrastava com o pensamento deles. Mesmo sem negar o valor do jejum, Jesus lhe dava pouca importância. Sua missão centrava-se em algo muito mais importante: levar as pessoas à prática do amor, a melhor forma de se mostrarem reconhecidas a Deus e ser-lhe agradáveis.

A compreensão e a aceitação do ponto de vista de Jesus supunham predisposição para abraçar a novidade que proclamava, sem colocar obstáculos. Querer misturar as coisas seria como remendar roupa velha com um pedaço de pano novo, ou depositar vinho novo em recipientes velhos. Ambas as situações seriam desastrosas: a roupa ganharia um rasgão ainda maior e o vinho se derramaria todo. Mais prudente seria fazer a roupa toda com pano novo, e guardar o vinho em recipientes novos.

Assim, os discípulos foram alertados sobre a incompatibilidade entre o novo, pregado por Jesus, e o velho defendido pelos líderes religiosos. A prudência exigia que fossem cautelosos.

ORAÇÃO

Pai, abre meu coração para acolher a novidade trazida por Jesus, sem querer deturpá-la com meus esquemas mesquinhos e contaminá-la com o egoísmo e o pecado.



Fonte: Mensagem Crista.