terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Jesus, humildemente reclinado no presépio.

“Natal é vida que nasce. Natal é Cristo que vem. Nós somos o seu presépio e a nossa casa é Belém”.
O refrão deste cântico natalino ressoa aos nossos ouvidos, sinalizando que o Natal se aproxima. E, mais uma vez somos, por um lado pressionados a correr para as compras e, por outro, atraídos por um valor maior, que é motivado pela fé: caminhar ao encontro de Jesus. Realmente, o Natal pode ser visto sob essas duas vertentes. Qual é a que mais nos satisfaz verdadeiramente? Os presentes são passageiros e logo se acabam. Jesus, no entanto, permanece para sempre.
Natal é Jesus e somente com ele, nele e por ele podemos celebrar satisfatoriamente esta festa, que é celebrada no mundo inteiro. Vamos usufruir deste tempo de graça espiritual, que o Senhor nos oferece, e comemorar o dom mais precioso e fundamental de nossa fé: Jesus Cristo, o Filho de Deus, nascido da Virgem Maria para nos salvar.
Como é importante neste momento o dom da fé! Somente pela fé seremos capazes de celebrar esta festa natalina com espírito cristão, onde nos revestiremos dos valores que estão bem acima do consumismo, que acaba por influenciar-nos drasticamente. Nosso Senhor já nos alertara sobre isso, quando disse: “Velai sobre vós mesmos, para que os vossos corações não se tornem pesados com o excesso do comer, com a embriaguez e com as preocupações da vida” (Lc 21, 34). Muitos acabam ficando só com esta dimensão da festa de Cristo, e esquecem o essencial que é Jesus, humildemente reclinado no presépio.
Aproveitemos bem este tempo de Natal, para manter nosso “olhar fixo sobre Jesus Cristo, «autor e consumador da fé» (Hb 12, 2): n’Ele encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se homem, do partilhar conosco a fragilidade humana para a transformar com a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da nossa história de salvação” (Porta Fidei, 13).
Ao contemplarmos Jesus, humildemente reclinado no presépio com Maria e José, oremos para que nossa diocese, paróquias, comunidades, diaconias, grupos de vivência e famílias sejam lugares propícios para que muitos possam aproximar-se de Cristo, nele acreditar e dele tornar-se discípulos missionários.
A todos, desejo um Natal abundantemente abençoado!

Dom Celso A. Marchiori
Bispo de Apucarana

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