quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A FALTA DE FÉ GERA CRISES NO MATRIMÔNIO.


Em seu discurso de sábado pela manhã aos membros do Tribunal da Rota Romana, o mais alto tribunal eclesiástico da Santa Sé, o Papa Bento XVI assinalou que “a carência de fé pode ferir os bens do matrimônio: procriação, fidelidade conjugal e indissolubilidade”.

O Santo Padre sublinhou que a atual crise de fé ocasiona uma crise na união conjugal, acrescentando que o rechaço da proposta de Deus leva a um profundo desequilíbrio em todas as relações humanas.

O “acentuado subjetivismo e relativismo ético e religioso” da cultura contemporânea impõe à família “desafios urgentes”, disse o Papa.

Bento XVI lamentou que exista uma “difundida mentalidade” de que a pessoa “seja ela mesma permanecendo ‘autônoma’ e entrando em contato com o outro só mediante relacões que possam ser interrompidas em qualquer momento”.

O Papa sublinhou que “só abrindo-se à verdade de Deus é possível compreender, e realizar no concreto da vida também conjugal e familiar, a verdade do homem como filho dele, regenerado pelo Batismo”.

Ao refletir sobre a indissolubilidade do pacto matrimonial entre um homem e uma mulher, indicou que este “não requer, por fins sacramentais, a fé pessoal dos noivos”, mas o que se pede, “como condição mínima necessária é a intenção de fazer aquilo que faz a Igreja”.

Entretanto, apontou, “embora seja importante não confundir o problema da intenção com aquele da fé pessoal dos contraentes, não é possível separá-los totalmente”.

Ao recordar os três bens do matrimônio, mencionados por Santo Agostinho, procriação, fidelidade conjugal e indissolubilidade, o Papa advertiu que não se deve prescindir “da consideração de que possam apresentar-se casos nos que justamente pela ausência de fé, o bem dos cônjuges resulte comprometido e portanto excluído do consenso mesmo”.

O Santo Padre advertiu que “com estas considerações, não pretendo certamente sugerir algum fácil automatismo entre carência de fé e nulidade da união matrimonial, mas evidenciar como tal carência poderá, embora não necessariamente, ferir também os bens do matrimônio, a partir do momento em que a referência à ordem natural querida por Deus é inerente ao pacto conjugal”.

O Papa assinalou que sobre a problemática da validez do matrimônio, “sobretudo no contexto atual, será necessário promover ulteriores reflexões”.

Bento XVI também recordou aqueles Santos que viveram o matrimônio de acordo à perspectiva cristã”, obtendo assim “superar também as situações mais adversas, conseguindo às vezes a santificação do cônjuge e dos filhos com um amor sempre reforçado por uma sólida confiança em Deus”.

Fonte: ACI Digital (Agência Católica de Informações)

Evangelho do dia.

EVANGELHO DO DIA - 30/01/13

O Semeador - Mc 4, 1-20

Naquele tempo, Jesus começou a ensinar, e uma grande multidão se ajuntou ao seu redor. Por isso, entrou num barco e sentou-se, enquanto toda a multidão ficava em terra, à beira mar. Ele se pôs a ensinar-lhes muitas coisas em parábolas.
No seu ensinamento, dizia-lhes: "Escutai! O semeador saiu a semear. Ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e os passarinhos vieram e comeram. Outra parte caiu em terreno cheio de pedras, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, mas quando o sol saiu, a semente se queimou e secou, porque não tinha raízes. Outra parte caiu no meio dos espinhos; estes cresceram e a sufocaram, e por isso não deu fruto. E outras sementes caíram em terra boa; brotaram, cresceram e deram frutos: trinta, sessenta e até cem por um." 
E acrescentou: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!"
Quando ficaram a sós, os que estavam com ele junto com os Doze faziam perguntas sobre as parábolas. Ele dizia-lhes: "A vós é confiado o mistério do Reino de Deus; para aqueles que estão fora tudo é apresentado em parábolas, de modo que, por mais que olhem, não enxergam, por mais que escutem, não entendem, e não se convertem, nem são perdoados".
Jesus então lhes perguntou: "Não compreendeis esta parábola? Como, então, compreendereis todas as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os da beira do caminho onde é semeada a palavra são os que a ouvem, mas logo vem o Satanás e arranca a palavra semeada neles. Os do terreno cheio de pedras são aqueles que, ao ouvirem a palavra, imediatamente a recebem com alegria, mas não têm raízes em si mesmos, são de momento; chegando tribulação ou perseguição por causa da palavra, desistem logo. Outros ainda são os que foram semeados entre os espinhos: são os que ouvem a palavra, mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, a palavra é sufocada e fica sem fruto. E os que foram semeados em terra boa são os que ouvem a palavra e a acolhem, e produzem frutos: trinta, sessenta e cem por um".

COMENTANDO O EVANGELHO: Acolhendo a Palavra

Os discípulos foram orientados a respeito de como a pregação seria acolhida. Com isto, Jesus os precavia contra possíveis desilusões, ou mesmo, otimismo ingênuo. Ensinava-lhes, também, a ter suficiente sensibilidade para perceber onde, exatamente, o Reino estava produzindo frutos, e alegrar-se por isso.

Muitos haveriam de escutar a mensagem do Reino, de forma tão superficial, como se a pregação estivesse caindo no vazio. A Palavra perder-se-ia antes de penetrar em seus corações. Outros dariam ouvido à pregação, mostrando até interesse pela Palavra acolhida. Os discípulos teriam motivos para confiar neles. Entretanto, por não terem consistência, logo na primeira perseguição ou tribulação, abririam mão da escolha feita.

Outro grupo de pessoas tornaria improdutiva a Palavra porque, logo depois de ouvi-la e acolhê-la, não seriam capazes de resistir à fascinação das riquezas e outras veleidades incompatíveis com o projeto de Deus.

Outros, enfim, receberiam a Palavra em corações dispostos a fazê-la frutificar. Esta seria a parte proveitosa da missão. O discípulo, porém, não teria o direito de escolher as pessoas às quais dirigir a Palavra do Reino. Todas haveriam de ser destinatárias dessa Palavra, mesmo que ela, eventualmente, ficasse infrutífera.

ORAÇÃO

Espírito Santo, transforma meu coração em terra fértil, onde a Palavra de Deus possa dar seus frutos.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Evangelho do dia!

EVANGELHO DO DIA - 29/01/13

A mãe e os irmãos de Jesus - Mc 3, 31-35

Naquele tempo, a mãe e os irmãos de Jesus chegaram; eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Muita gente estava sentada em volta dele, e algumas pessoas lhe disseram:
- Escute! A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora, procurando o senhor.
Jesus perguntou:
- Quem é a minha mãe? E quem são os meus irmãos?
Aí olhou para as pessoas que estavam sentadas em volta dele e disse:
- Vejam! Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos. Pois quem faz a vontade de Deus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

COMENTANDO O EVANGELHO: Procura inútil?

A procura de Jesus, por parte de sua mãe e irmãos, à primeira vista parece ter sido inconveniente e inútil. Inconveniente, por ter acontecido numa hora em que o Mestre estava rodeado por muita gente. Afastar-se, naquele momento, significava interromper o ensinamento dirigido ao povo. Inútil, porque, para ele, os laços de sangue tinham pouca importância. Logo, não havia motivo para dar-lhes um tratamento especial.

Entretanto, as coisas não foram bem assim. A chegada da mãe e dos irmãos de Jesus serviu-lhe de motivo para dar um ensinamento de extrema importância: o relacionamento entre os discípulos do Reino teria como ponto de referência a prática da vontade do Pai. Esta seria a maneira pela qual deveria articular-se o novo povo de Deus, para além de parentescos sangüíneos ou da pertença a este ou aquele povo. Doravante, a submissão à vontade do Pai, explicitada nas palavras do Filho, seria a forma de vincular-se ao Reino.

É incorreto interpretar as palavras de Jesus como uma forma de desprezo aos seus familiares. Se assim fosse, estaria indo na contramão da mais elementar piedade bíblica, a qual incluía o respeito aos genitores como algo quase sagrado, e da cultura judaica, fortemente alicerçada nas relações familiares.

Portanto, a procura de sua mãe e de seus irmãos foi de grande utilidade para Jesus, pois motivou-o a ensinar que os laços sangüíneos devem estar submetidos a algo muito mais radical e abrangente: a fidelidade a Deus.

ORAÇÃO

Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

EVANGELHO DO DIA.

EVANGELHO DO DIA - 23/01/13

Cura da mão seca - Mc 3, 1-6

Naquele tempo, Jesus entrou de novo na sinagoga, e lá estava um homem com a mão seca. Eles observavam se o curaria num dia de sábado, a fim de acusá-lo. Jesus disse ao homem da mão seca:
- Levanta-te! Vem para o meio!
E perguntou-lhes:
- Em dia de sábado, que é permitido, fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma vida ou matar?
Eles ficaram calados. Passando sobre eles um olhar irritado, e entristecido porque eram tão fechados, disse ao homem:
- Estende a mão!
Ele estendeu, e a mão ficou curada. Saindo dali, imediatamente os fariseus, com os herodianos, tomaram a decisão de matar Jesus.

COMENTANDO O EVANGELHO: A mão recuperada

A deficiência física do homem encontrado por Jesus, na sinagoga, era mais grave do que, à primeira vista, se podia imaginar. Na antropologia bíblica, a mão está carregada de simbolismo. A partir deste universo simbólico é que se deve interpretar a situação do homem da mão ressequida.

A mão está ligada à idéia de força e de poder. Estar na mão do outro significava estar sob o seu poder. Para falar do poder da língua, um provérbio bíblico refere-se à “mão da língua”. A expressão “salvar-se com as próprias mãos” tinha o sentido de salvar-se com as próprias forças. Diz-se que os habitantes de determinada cidade não puderam fugir, por ocasião de um incêndio, porque “as mãos não estavam com eles”, isto é, não tinham forças nem possibilidade de escapar. A mão direita era sinal de força, de sabedoria e de felicidade. Já a mão esquerda era sinal de fraqueza, de ignorância e de desgraça.

Entende-se, assim, por que a iniciativa de cura foi de Jesus e não do homem doente. Este havia se tornado uma pessoa sem iniciativa e incapaz de lutar por seus direitos. Nestas condições, era vítima da desumanização.

Curando-o, Jesus tomou a iniciativa de humanizá-lo, de fazê-lo voltar a ser gente, com força e poder para lutar pelos seus direitos. É como se tivesse sido recriado! Com a mão recuperada, estava novamente apto para fazer o bem.

ORAÇÃO

Pai, sejam minhas mãos usadas somente para a prática do bem. Livra-me de mantê-las fechadas a quem precisa de minha ajuda, e de usá-las para fazer o mal.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Angelus.

ANGELUS - 20/01/13

Seguem as palavras proferidas por Bento XVI aos fieis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro ontem, ao meio-dia, durante a oração do tradicional Angelus:

“Queridos irmãos e irmãs!

Hoje a liturgia propõe o Evangelho das bodas de Caná, um episódio narrado por João, testemunha ocular do fato. Tal episódio foi colocado neste domingo imediatamente após o tempo de Natal, porque, junto com a visita dos Magos do Oriente e com o Batismo de Jesus, forma a trilogia da Epifania, ou seja, da manifestação de Cristo. 

As bodas de Caná são, de fato, "o início dos sinais" (Jo 2, 11), que é o primeiro milagre de Jesus, com o qual Ele manifestou a sua glória em público, provocando a fé dos seus discípulos. Lembremo-nos brevemente o que houve durante a festa de casamento em Caná da Galiléia. Aconteceu que acabou o vinho. Maria, a Mãe de Jesus, mostrou isso para o seu Filho. Ele respondeu que ainda não havia chegado o seu tempo; mas depois seguiu a solicitação de Maria, e fazendo encher de água seis grandes jarros, transformou a água em vinho, um vinho fino, melhor do que o anterior. 

Com este "sinal", Jesus se revela como o Esposo messiânico, que veio para estabelecer com o seu povo a nova e eterna Aliança, de acordo com as palavras dos profetas: "Como o noivo se alegra da noiva, assim o seu Deus se alegra por você” (Is 62, 5). E o vinho é símbolo desta alegria do amor; mas isso também se refere ao sangue, que Jesus vai pagar no final, para selar a sua aliança de casamento com a humanidade.

A Igreja é a esposa de Cristo, que a torna santa e bela com a sua graça. No entanto esta esposa, formada por seres humanos, está sempre necessitada de purificação. E um dos pecados mais graves que desfigura o rosto da Igreja é aquele contra a sua unidade visível, especialmente as divisões históricas que separam os cristãos e que ainda não foram superadas. Justamente nesses dias, de 18 de janeiro a 25, acontece a anual Semana de oração pela unidade dos cristãos, um momento sempre esperado pelos crentes e pelas comunidades, que desperta em todos o desejo e o compromisso espiritual da plena comunhão. 

Neste sentido, foi muito importante a vigília que pude celebrar há um mês, nesta Praça, com milhares de jovens de toda a Europa e com a comunidade ecumênica de Taizé: um momento de graça em que experimentamos a beleza de formar em Cristo uma só coisa. Encorajo a todos a orar juntos para que possamos realizar "O que o Senhor pede de nós", como diz este ano o tema da Semana; um tema proposto por algumas comunidades cristãs da Índia, que convidam a caminhar com determinação para a unidade visível de todos os cristãos e para superar, como irmãos em Cristo, qualquer tipo de discriminação injusta. Na próxima sexta-feira, no final desses dias de oração, presidirei as Vésperas na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na presença dos Representantes de outras Igrejas e Comunidades eclesiais.

Queridos amigos, junto com a oração pela unidade dos cristãos gostaria de acrescentar mais uma vez aquela pela paz, para que, nos diferentes conflitos infelizmente em ato, parem com os massacres de civis inocentes, acabe todo tipo de violência, e se encontre a coragem para o diálogo e a negociação. Para ambas as intenções, invocamos a intercessão de Maria Santíssima, medianeira das graças.”

Evangelho do dia.

EVANGELHO DO DIA - 21/01/13

A questão do jejum - Mc 2, 18-22

Naquele tempo, os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram então perguntar a Jesus:
- Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?
Jesus respondeu:
- Acaso os convidados do casamento podem jejuar enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então, naquele dia jejuarão. Ninguém costura remendo de pano novo em roupa velha; senão, o remendo novo repuxa o pano velho, e o rasgão fica maior ainda. Ninguém põe vinho novo em odres de couro velho, senão o vinho arrebenta o couro, e perdem-se o vinho e os odres. Mas vinho novo em odres novos!

COMENTANDO O EVANGELHO: Falando de festa

A intransigência dos fariseus, quanto à prática do jejum, foi firmemente rejeitada por Jesus. Para darem prova de piedade, certos fariseus e certos discípulos de João Batista exageravam na prática de jejuns não obrigatórios. E se admiravam por que os discípulos de Jesus não faziam o mesmo.

O jejum tem uma forte conotação de penitência, de recolhimento e de interiorização. Em torno desta prática, cria-se um clima especial que ajuda o jejum a atingir seu objetivo: levar a pessoa a se tornar senhora de si mesma, dominar seus instintos e suas paixões.

Embora desejando que os discípulos tivessem autocontrole, Jesus preferia que, em torno dele, houvesse um clima festivo de alegria. Daí ter falado de sua presença no meio deles servindo-se da metáfora da festa de casamento. Era assim que a piedade popular entendia os tempos messiânicos. Os ditados a respeito de vestidos e vinhos novos e velhos também se situam neste ambiente de festa.

A presença do Messias Jesus deveria levar o discípulo a superar toda tristeza. Com o Mestre, renascia a esperança, pois a Boa Nova do Reino descortinava um horizonte novo. Por conseguinte, seria insensato ficar multiplicando jejuns e penitências, quando era tempo de empenhar-se, festivamente, na vivência do amor e da fraternidade.

ORAÇÃO

Pai, a presença de Jesus na nossa história é motivo de grande alegria. Que a minha alegria consista em construir um mundo de amor e de fraternidade, como ele nos ensinou.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Evangelho do dia.

EVANGELHO DO DIA - 18/01/13

Jesus cura um paralítico - Mc 2, 1-12

Naquele tempo, Jesus voltou para a cidade de Cafarnaum, e logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. Muitas pessoas foram até lá, e ajuntou-se tanta gente, que não havia lugar nem mesmo do lado de fora, perto da porta.
Enquanto Jesus estava anunciando a mensagem, trouxeram um paralítico. Ele estava sendo carregado por quatro homens, mas, por causa de toda aquela gente, eles não puderam levá-lo até perto de Jesus. Então fizeram um buraco no telhado da casa, em cima do lugar onde Jesus estava, e pela abertura desceram o doente deitado na sua cama.
Jesus viu que eles tinham fé e disse ao paralítico:
- Meu filho, os seus pecados estão perdoados.
Alguns mestres da Lei que estavam sentados ali começaram a pensar: "O que é isso que esse homem está dizendo? Isso é blasfêmia contra Deus! Ninguém pode perdoar pecados; só Deus tem esse poder!"
No mesmo instante Jesus soube o que eles estavam pensando e disse:
- Por que vocês estão pensando essas coisas? O que é mais fácil dizer ao paralítico: “Os seus pecados estão perdoados” ou “Levante-se, pegue a sua cama e ande”? Pois vou mostrar a vocês que eu, o Filho do Homem, tenho poder na terra para perdoar pecados.
Então disse ao paralítico:
- Eu digo a você: levante-se, pegue a sua cama e vá para casa.
No mesmo instante o homem se levantou na frente de todos, pegou a cama e saiu.
Todos ficaram muito admirados e louvaram a Deus, dizendo:
- Nunca vimos uma coisa assim!

COMENTANDO O EVANGELHO: Sob o peso do pecado

A insistência sobre o tema do perdão dos pecados chama a atenção, na cena da cura do homem paralítico. Assim que Jesus o vê descer através de um buraco aberto no teto, declara que seus pecados estão perdoados. Esta declaração provoca alguns escribas que estavam por perto. Para eles, a palavra do Mestre soava como uma verdadeira usurpação de algo reservado exclusivamente a Deus.

Portanto, Jesus era um blasfemo! A maneira como ele rebate a maledicência dos escribas é significativa: cura o paralítico para provar que "o Filho do Homem tem, na Terra, o poder de perdoar os pecados". O gesto poderoso de cura parece insignificante diante do poder maior de perdoar os pecados. E Jesus, de certo modo, parece sentir-se mais feliz por perdoar os pecados do que por curar. Por quê?

O perdão dos pecados tem, também, uma função terapêutica. Trata-se da cura do ser humano na dimensão mais profunda de sua existência, ali onde acontece seu relacionamento com Deus. Sendo esta dimensão invisível aos olhos, as pessoas tendem a se preocupar mais com as dimensões aparentes de sua vida, buscando a cura quando algo não está bem no âmbito corporal.

Jesus vê além, preocupando-se por libertar quem pena sob o peso do pecado, mais do que sob o peso da doença. O primeiro é muito mais grave. Permanecer no pecado significa viver afastado de Deus e correr o risco de ser condenado. Este é o motivo por que o Mestre, antes de mais nada, quer ver o ser humano liberto de seus pecados.

ORAÇÃO

Pai, cura os pecados que me paralisam e me impedem de caminhar para ti. Realiza em minha vida a maravilha do perdão.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Evangelho do dia.

EVANGELHO DO DIA - 17/01/13

Jesus cura um leproso - Mc 1, 40-45

Naquele tempo, um leproso chegou perto de Jesus, ajoelhou-se e disse:
- Senhor, eu sei que o senhor pode me curar se quiser.
Jesus ficou com muita pena dele, tocou nele e disse:
- Sim! Eu quero. Você está curado.
No mesmo instante a lepra desapareceu, e ele ficou curado.
E Jesus ordenou duramente:
- Olhe! Não conte isso para ninguém, mas vá pedir ao sacerdote que examine você.
Depois, a fim de provar para todos que você está curado, vá oferecer o sacrifício que Moisés ordenou.
Então Jesus o mandou embora. Mas o homem começou a falar muito e espalhou a notícia. Por isso Jesus não podia mais entrar abertamente em qualquer cidade, mas ficava fora, em lugares desertos. E gente de toda parte vinha procurá-lo.

COMENTANDO O EVANGELHO: Os lugares desertos

O assédio das multidões fazia Jesus evitar as cidades e preferir os lugares desertos, para onde acorria quem precisava de sua ajuda. Esta opção explica-se pelo desejo de realizar sua missão com plena liberdade, sem ser pressionado pelos ideais messiânicos, largamente difundidos nos meios populares. O deserto era apropriado para ele se proteger.

Mas é possível fazer uma interpretação simbólica desta opção de Jesus. O imaginário da época reportava-se às agruras do êxodo do Egito, quando pensava no deserto. Sendo desabitado, sem vegetação, este se torna perigoso e mortífero. O deserto é lugar de provação. Nele é preciso escolher entre confiar em Deus ou confiar em si mesmo e nas capacidades pessoais de vencer os desafios.

A configuração terrível do deserto gerou a crença de que, nele, habita o Diabo, como se fosse o lugar escolhido, por ser neutro, para o confronto com Deus. As cenas evangélicas da tentação são, por isso, situadas no deserto, para onde Jesus é conduzido pelo Espírito.

Escolhendo o deserto como lugar de ação, Jesus combatia o inimigo da humanidade, dentro dos domínios deste. Esta luta sem trégua marcou a ação do Mestre, pois a implantação do Reino supunha a derrota das forças diabólicas. Ele as enfrentou e venceu, com destemor. Sinal disto foram as curas e os milagres realizados nas regiões desertas. Com a chegada de Jesus, o Diabo perdeu o poder de oprimir o ser humano.

ORAÇÃO

Pai, dá-me forças para combater e vencer as forças do mal que impedem o Reino acontecer na minha vida e na história humana.

Escala de Liturgia.

ESCALA DE LITURGIA PARA SÁBADO DIA 19 DE JANEIRO DE 2013.

COMETÁRIO - Catarina do Couto
1ª LEITURA - Larissa Alexandre
2ª LEITURA - Sandra Rodrigues
PRECES - Terezinha
RECEPÇÃO - Joaquim e Raimunda
ORIENTAÇÃO - Silvia Expedito
MESA DE SOM - João Paulo Ambrósio
Pedimos a todos que irão participar da Equipe de Liturgia que cheguem pelo menos meia hora mais cedo na Igreja.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Indignação.

MAIS DE 1,7 MILHÕES DE EMBRIÕES HUMANOS SÃO DESTRUÍDOS NA GRÃ-BRETANHA

O Ministro da Saúde da Grã-Bretanha, Earl Howe, informou que 1,7 milhões de embriões humanos criados através da fertilização in vitro foram desprezados nos últimos anos no país.

Esta informação foi divulgada ante as perguntas sobre o destino dos restos das clínicas e hospitais de fertilização, apresentadas pelo deputado Lorde David Alton, reconhecido por ser ativista pró-vida.

Conforme informa o Daily Mail, desde agosto de 1991 foram gerados mais de 3,5 milhões de embriões, dos quais 235 480 terminaram em gravidez. Em média, para cada mulher que deseja ter um filho se usam até 15 embriões, dos quais quase a metade se descarta durante ou depois do processo de fertilização in vitro.

A Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana (HFEA) informou que "os embriões desprezados já não são necessários para a pessoa ou casal no tratamento" e explicou que "nestas circunstâncias, pode-se decidir se deseja doar os embriões a um projeto de pesquisa a outro casal ou pedir à clínica que os destrua".

As cifras apresentadas não detalham quantas das gravidezes produzidas chegam a seu término, mas precisam que 93 por cento deles –mais de 3,3 milhões– têm diversos usos ou são simplesmente armazenados.

O deputado David Alton disse sobre estas cifras que a maioria das pessoas não conhece a grande escala de "destruição absoluta de embriões humanos" no Reino Unido e denunciou que este processo se faz em quantidades "industriais".

Alton denunciou que a destruição de embriões humanos se realiza "todos os dias e com total indiferença". "Minha opinião é que atualmente podem ser realizados tratamentos de fertilidade sem ter que criar muitos embriões para destrui-los. Aí é onde a tecnologia tem que avançar", adicionou.

No processo de fecundação in vitro, os embriões são criados a partir dos óvulos e do esperma masculino. A doutrina católica se opõe a este procedimento por duas razões primordiais: primeiro, porque se trata de um procedimento contrário à ordem natural da sexualidade que atenta contra a dignidade dos esposos e do matrimônio.

Em segundo lugar, porque a técnica supõe a eliminação de seres humanos em estado embrionário tanto fora como dentro do ventre materno, implicando vários abortos em cada processo.

Fonte: ACI Digital (Agência Católica de Informações)

Evangelho do dia.

EVANGELHO DO DIA - 16/01/13

Jesus cura a sogra de Pedro - Mc 1, 29-39

Naquele tempo, Jesus, Simão, André, Tiago e João saíram da sinagoga e foram até a casa de Simão e de André. A sogra de Simão estava de cama, com febre. Assim que Jesus chegou, contaram a ele que ela estava doente. Ele chegou perto dela, segurou a mão dela e ajudou-a a se levantar. A febre saiu da mulher, e ela começou a cuidar deles.
À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram até Jesus todos os doentes e as pessoas que estavam dominadas por demônios. Todo o povo da cidade se reuniu em frente da casa. Jesus curou muitas pessoas de todo tipo de doenças e expulsou muitos demônios. Ele não deixava que os demônios falassem, pois eles sabiam quem Jesus era.
De manhã bem cedo, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu da cidade, foi para um lugar deserto e ficou ali orando. Simão e os seus companheiros procuraram Jesus por toda parte.
Quando o encontraram, disseram:
- Todos estão procurando o senhor.
Jesus respondeu:
- Vamos aos povoados que ficam perto daqui, para que eu possa anunciar o evangelho ali também, pois foi para isso que eu vim.
Jesus andava por toda a Galiléia, anunciando o evangelho nas sinagogas e expulsando demônios.

COMENTANDO O EVANGELHO: Do culto ao serviço

Como bom judeu, Jesus não se furtava de participar da assembléia sinagogal, em dia de sábado. A celebração do culto oferecia-lhe a possibilidade de exercer o ministério da palavra. Servindo-se de um direito facultado às pessoas adultas, do sexo masculino, ensinava na sinagoga, com uma autoridade desconhecida até então. Sua doutrina deixava os ouvintes admirados, pois era de qualidade diferente daquela dos rabinos tradicionais.

Nós conhecemos muito bem a doutrina de Jesus. Ele falava do amor, da necessidade de viver reconciliado, da urgência de ser solidário com os pobres e pequeninos, por serem os preferidos de Deus, enfim, falava do Reino do Pai a ser implantado num mundo marcado pela impiedade.

Das palavras Jesus passava à ação. E comprovava, com a vida, a força de seus ensinamentos. De certa forma, o culto prosseguia no serviço aos doentes, na libertação dos oprimidos pelos maus espíritos, na sua vida de profunda comunhão com o Pai, mediante a oração, no seu zelo incansável em ajudar a todos. Por isso, recusava-se a ficar preso a um só lugar, ou a esperar que viessem até ele. Pelo contrário, ia pelas cidades e aldeias exercendo o ministério da palavra e o ministério da caridade, duas faces da mesma moeda.

A íntima relação entre palavra e ação dava credibilidade ao ministério de Jesus. Sua vida consistia numa demonstração perfeita do que ensinava. Por conseguinte, ao deixar a sinagoga, só lhe restava fazer o bem.

ORAÇÃO

Pai, faz minha vida espelhar-se no testemunho de Jesus, o primeiro a pôr em prática seus próprios ensinamentos, mostrando como é possível vivenciá-los.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

BATISMO E APRESENTAÇÃO DO SENHOR.

BATISMO E APRESENTAÇÃO DO SENHOR

Um leitor de língua Inglesa fez a seguinte pergunta ao padre Edward McNamara: “Na liturgia depois do Natal, o Batismo do Senhor precede a festa da Apresentação no Templo. Qual é o motivo? - C.T., Joanesburgo, África do Sul”

Padre McNamara respondeu da seguinte forma:

“A festa da Apresentação está ligada ao rito judaico de purificação da mãe, que segundo a lei de Moisés deveria acontecer 40 dias depois do nascimento de um filho varão (Lv 12, 2-6).

Para a lei judaica, só a mãe tinha necessidade de ser purificada, mas como filho primogênito Jesus tinha que ser resgatado (Ex 13,11 ss.) Por esta razão, a festa da Apresentação é, portanto, celebrada exatamente 40 dias depois do Natal, que é o 2 de fevereiro.

Quem nos forneceu a primeira notícia sobre a celebração desta festa foi Egéria, uma mulher que fez uma longa peregrinação à Terra Santa, por volta do ano 390. Apesar de não mencionar o uso de velas, Egeria conta no seu Itinerarium que o sermão foi inspirado nas palavras de Simeão que definem Jesus ‘luz das nações’ "(cf. Lc 2,25 ss.)

Daqui que vem, portanto o costume de acender velas e tochas, como claramente testemunhado apenas algumas décadas mais tarde, no Egito (cerca de 440) e Roma (entre 450 e 457).

Mais complexa é a história da festa do Batismo do Senhor. As origens da festa da Epifania (ἐπιφάνεια em grego significa "manifestação" ou "revelação") encontram-se entre os cristãos do Oriente. São celebradas juntas três manifestações da divindade de Cristo: a sua manifestação aos Magos, o seu batismo no Jordão, as bodas de Caná, com o primeiro milagre realizado por Jesus.

Embora no rito romano da celebração da Epifania a manifestação de Cristo aos Magos ocupe um lugar privilegiado, as orações da Missa e o Ofício Divino ainda conservam traços deste anterior triplo memorial.

Em Roma, provavelmente devido a influências bizantinas, o batismo de Nosso Senhor, ainda não sendo propriamente uma festa, foi comemorado de forma especial na oitava da Epifania desde o século VIII. Os principais ofícios utilizam os mesmos salmos do 6 de janeiro, mas as antífonas referem-se ao batismo de Jesus.

A oitava da Epifania do Senhor, juntamente com muitas outras, foi suprimida pelo Papa João XXIII em 1960. Mas o próprio Papa decidiu dar mais importância à antiga memória do batismo de Cristo, transformando-o em uma comemoração especial do Senhor celebrada no dia 13 de janeiro, a ex-oitava da Epifania.

A reforma litúrgica depois do Concílio Vaticano II estabeleceu a festa do Batismo do Senhor no domingo depois da Epifania, fechando desta forma, oficialmente, o período de Natal e inaugurando o Tempo Comum.

Antes da reforma do Papa João XXIII, a época do Natal terminava com a Apresentação. Esta festa continua como uma espécie de apêndice do Natal, como evidenciado por algumas tradições populares, como deixar o presépio até o dia 2 de Fevereiro, como é a prática na Praça de São Pedro.”

Pe. Edward McNamara
Professor de Liturgia do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum (Roma

Evangelho do Dia.

EVANGELHO DO DIA - 15/01/13

Um homem dominado por um espírito mau - Mc 1, 21b-28

Naquele tempo, Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum, e, no sábado, ele foi ensinar na sinagoga. As pessoas que o escutavam ficaram muito admiradas com a sua maneira de ensinar. É que Jesus ensinava com a autoridade dele mesmo e não como os mestres da Lei. Então chegou ali um homem que estava dominado por um espírito mau. O homem gritou:
- O que quer de nós, Jesus de Nazaré? Você veio para nos destruir? Sei muito bem quem é você: é o Santo que Deus enviou!
Então Jesus ordenou ao espírito mau:
- Cale a boca e saia desse homem!
Aí o espírito sacudiu o homem com violência e, dando um grito, saiu dele. Todos ficaram espantados e diziam uns para os outros:
- Que quer dizer isso? É um novo ensinamento dado com autoridade. Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem.
E a fama de Jesus se espalhou depressa por toda a região da Galiléia.

COMENTANDO O EVANGELHO: Personalidades incompatíveis

A pergunta desesperada do homem possuído por um espírito imundo revela a incompatibilidade radical que existe entre Jesus e tudo quanto lhe é contrário. A frase "Que temos nós contigo, Jesus de Nazaré?" pode ser assim desdobrada: "Que existe em comum entre nós?"; "O que você está querendo fazer conosco?"; "Qual a sua intenção a nosso respeito?".

Evidentemente, entre Jesus e o espírito imundo nada havia em comum. Um libertava o ser humano, o outro o escravizava. Um recuperava as pessoas para Deus, já o outro as afastava sempre mais do projeto do Pai, numa aberta afronta a ele. Um restaurava no coração humano o sentido da vida fraterna e solidária, o outro, pelo contrário, gerava discórdia e divisão. Um encarnava a novidade da misericórdia de Deus, o outro insistia no caminho inconveniente da soberba. Por isso, a única intenção de Jesus era derrotar este espírito mau.

À ordem do Mestre, ele deixou o possesso, depois de agitá-lo violentamente e fazer grande alarido.

Esta é a imagem do que se passa no coração de cada um de nós: o mau espírito reluta em abandonar o espaço conquistado no nosso interior. Se não nos deixamos ajudar por Jesus, corremos o risco de permanecer escravos desse espírito do mal. O discipulado cristão exige que façamos a experiência de ser libertados pelo Mestre, pois é impossível compatibilizá-lo com as forças do mal que age dentro de nós.

ORAÇÃO

Pai, dá-me forças para que jamais eu permita ao poder do mal prevalecer sobre mim. Seja o meu coração totalmente voltado para ti e para o teu Reino.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Evangelho do Dia


Evangelho (Marcos 6,45-52)

Quarta-Feira, 9 de Janeiro de 2013
Quarta-feira depois da Epifania


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— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Depois de saciar os cinco mil homens, 45Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão.46Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar.
47Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria passar na frente deles.
49Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: “Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” 51Então subiu com eles na barca, e o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.