EVANGELHO DO DIA - 01/02/13
A semente - Mc 4, 26-34
Naquele tempo, Jesus disse:
- O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele
esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce sem ele saber
como isso acontece. É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro
aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a
espiga. Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a
foice, pois chegou o tempo da colheita.
Jesus continuou:
- Com o que podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar
para isso? Ele é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as
sementes. Mas, depois de semeada, cresce muito até ficar a maior de
todas as plantas. E os seus ramos são tão grandes, que os passarinhos
fazem ninhos entre as suas folhas.
Assim, usando muitas parábolas como estas, Jesus falava ao povo de um
modo que eles podiam entender. E só falava com eles usando parábolas,
mas explicava tudo em particular aos discípulos.
COMENTANDO O EVANGELHO: Escondimento e eficácia.
Quando Jesus proclamava o Reino de Deus, seus ouvintes eram tentados a
ligar esse Reino a feitos grandiosos. A opressão a que estavam
submetidos, havia séculos, fizeram-nos alimentar um anseio de libertação
urgente. A pregação de Jesus veio de encontro a este anseio. O povo
queria ver a libertação acontecer por meio de fatos concretos. O
primeiro deles seria o fim da dominação romana e do sistema de
privilégios acobertado por ela. Aguardavam, pois, a implantação de uma
sociedade sem excluídos.
Jesus, porém, dava mostras de não estar interessado em se envolver numa
briga com os romanos. Contentava-se em conclamar o povo para a
fraternidade, promovendo uma batalha sem tréguas contra toda forma de
egoísmo. Além disso, ao curar as doenças do povo e exorcizar os
possessos buscava tirar as pessoas da marginalização, religiosa e
social, a que estavam relegadas, recuperando-as para a plena
participação.
A parábola do grão que cresce fora do controle do agricultor chama a
atenção para a eficácia do Reino que age de maneira escondida nos
meandros da história humana. Desta forma, Jesus questionava seus
ouvintes, desafiando-os a terem uma sensibilidade mais apurada para o
que estava acontecendo. Estando bem atentos, haveriam de se dar conta de
que a opressão estava sendo minada em seus alicerces, e que o tão
sonhado mundo novo da fraternidade já havia despontado.
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